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08/06/2006 - 14h53

Ação da Varig cai mais de 30% com preocupação sobre futuro da empresa

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DENYSE GODOY
da Folha Online

No início da tarde desta quinta-feira, as ações da Varig despencavam devido às preocupações dos investidores com o futuro da companhia.

Em leilão realizado hoje no Rio de Janeiro, apenas o TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) fez proposta pela empresa, a qual a Justiça tem 24 horas para avaliar e decidir se é válida. Às 14h49, os papéis preferenciais (que não dão direito a voto) da Varig tinham queda de 30,55%, vendidos a R$ 2,50. No mês, eles têm baixa de 23,73% mas, no ano, a alta acumulada é de 157,14%.

Pela manhã, enquanto era realizado o leilão, as ações da companhia chegaram a subir 16,6%, a R$ 4,20. Fontes da Varig divulgaram que cinco empresas teriam interesse na compra --além do TGV, TAM, Gol, OceanAir e Céu Azul --do escritório de advocacia Ulhôa Canto, Rezende e Guerra, que representa um fundo de investimento. Elas se credenciaram para apresentar propostas, porém não fizeram lances oficiais em nenhuma das duas etapas do leilão.

O TGV ofereceu R$ 1,010 bilhão (US$ 449 milhões) pela empresa, pouco mais da metade do preço mínimo de US$ 860 milhões fixado pela Justiça para a venda da parte operacional da Varig, que inclui as linhas domésticas e internacionais. O valor é insuficiente para saldar todas as dívidas da companhia, estimadas em R$ 7,9 bilhões.

As dúvidas sobre a recuperação da empresa são, agora, maiores do que nunca. Embora tenha elogiado o TGV, o juiz Luiz Roberto Ayoub, que cuida do caso, não descartou decretar a falência da Varig caso a proposta seja invalidada.

Com forte volatilidade, o movimento das ações da Varig nos últimos pregões da Bolsa era baseado nas notícias que saíam sobre o caso. Mas, quando os boatos deram lugar aos fatos, o resultado foi uma forte desvalorização, explicada pela falta de interesse de outras companhias em adquirir a empresa e pelo baixo valor da única oferta.

Aéreas

Alguns analistas diziam que seria vantajoso para a Gol comprar a companhia para ganhar mercado. Porém, outros ponderavam que a Varig já está enfraquecida há muito tempo e o seu terreno vem sendo tomado pelas concorrentes --não valeria a pena pagar por um espaço que poderiam conquistar sem maiores gastos.

As ações preferenciais da Gol, que caíam na primeira etapa do pregão, inverteram a tendência e passavam a subir 0,96%, para R$ 69,77. As da TAM tinham baixa de 0,98%, a R$ 49,50.

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