Publicidade
Publicidade
29/06/2006
-
14h17
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou hoje, em cerimônia no Palácio do Planalto, o decreto que regulamenta a escolha do padrão japonês para a TV digital brasileira.
O padrão é o preferido das emissoras de televisão brasileiras. A escolha, no entanto, gerou críticas dos representantes dos padrões americano e europeu, que afirmam que a decisão isola o Brasil, afasta investimentos e reduz o potencial de geração de empregos.
O decreto prevê que a implantação do sistema digital deverá levar sete anos e que o desligamento da versão analógica ocorrerá dentro de dez anos.
O acordo prevê o uso de tecnologia japonesa com a incorporação de inovações desenvolvidas por pesquisadores brasileiros. Entre essas inovações estão o sistema de compressão de vídeo (MPEG-4), o sistema operacional (middleware) e aplicativos (softwares, por exemplo), que seriam agregados ao sistema de modulação japonês no Brasil.
Também haverá financiamento do JBIC (banco japonês de fomento) para a implantação da TV digital no Brasil e uma proposta de trabalho conjunto para viabilizar a modernização da indústria eletrônica brasileira.
Sobre a instalação de uma fábrica de semicondutores (chips) no Brasil, o documento trata de um compromisso de formação de mão-de-obra especializada e criação de condições no país que viabilizem a implantação dessa indústria.
O governo também planeja criar quatro novos canais públicos de televisão com a implantação do sistema brasileiro de TV digital. A digitalização também deverá permitir a concessão de canais para novas emissoras comerciais, possivelmente dois no caso de São Paulo.
Os novos canais públicos ficarão a cargo do Executivo. Eles serão um espaço garantido para a transmissão de programações alternativas (além da Radiobrás que já opera hoje), e voltadas para a educação (viabilizando a educação à distância), a cultura (programação regional) e a cidadania (que poderá veicular programação comunitária e de Câmaras Municipais, por exemplo).
As primeiras transmissões da TV digital deverão começar por São Paulo, mas o prazo para que isso ocorra vai depender das próprias emissoras de TV.
Para implementarem a TV digital, as redes receberão um novo canal, com 6 MHz (intervalo do espectro idêntico ao atual), para fazer a migração de um sistema para o outro.
As redes de TV serão obrigadas a usar todo o espectro, sob pena de perderem o direito à freqüência, de acordo com regras que serão definidas pelo Ministério das Comunicações.
A idéia é incentivar a multiprogramação (o espectro permite a transmissão de até quatro canais) quando as emissoras não estiverem transmitindo em alta definição (de qualidade superior, que ocupa uma faixa maior do espectro).
Depois que solicitarem o novo canal digital, as redes de TV terão um prazo de seis meses para apresentarem ao Ministério das Comunicações um projeto de viabilidade técnica. Após a aprovação desse projeto, elas terão mais 18 meses para iniciarem as transmissões, sob pena de perderem o novo canal.
O Ministério das Comunicações vai regulamentar, no prazo de 60 dias após a publicação do decreto, o cronograma de implementação da TV digital, e também vai definir como será a atuação do operador de rede para os canais públicos.
Leia mais
Entenda o que está em jogo na definição da TV digital
Análise: Redes de TV saem ganhando com a escolha
Padrão japonês pode custar mais para consumidor
Confira repostas para as principais dúvidas
Especial
Confira a cobertura completa da escolha do padrão de TV digital
Lula assina decreto com padrão japonês para TV digital
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou hoje, em cerimônia no Palácio do Planalto, o decreto que regulamenta a escolha do padrão japonês para a TV digital brasileira.
O padrão é o preferido das emissoras de televisão brasileiras. A escolha, no entanto, gerou críticas dos representantes dos padrões americano e europeu, que afirmam que a decisão isola o Brasil, afasta investimentos e reduz o potencial de geração de empregos.
O decreto prevê que a implantação do sistema digital deverá levar sete anos e que o desligamento da versão analógica ocorrerá dentro de dez anos.
O acordo prevê o uso de tecnologia japonesa com a incorporação de inovações desenvolvidas por pesquisadores brasileiros. Entre essas inovações estão o sistema de compressão de vídeo (MPEG-4), o sistema operacional (middleware) e aplicativos (softwares, por exemplo), que seriam agregados ao sistema de modulação japonês no Brasil.
Também haverá financiamento do JBIC (banco japonês de fomento) para a implantação da TV digital no Brasil e uma proposta de trabalho conjunto para viabilizar a modernização da indústria eletrônica brasileira.
Sobre a instalação de uma fábrica de semicondutores (chips) no Brasil, o documento trata de um compromisso de formação de mão-de-obra especializada e criação de condições no país que viabilizem a implantação dessa indústria.
O governo também planeja criar quatro novos canais públicos de televisão com a implantação do sistema brasileiro de TV digital. A digitalização também deverá permitir a concessão de canais para novas emissoras comerciais, possivelmente dois no caso de São Paulo.
Os novos canais públicos ficarão a cargo do Executivo. Eles serão um espaço garantido para a transmissão de programações alternativas (além da Radiobrás que já opera hoje), e voltadas para a educação (viabilizando a educação à distância), a cultura (programação regional) e a cidadania (que poderá veicular programação comunitária e de Câmaras Municipais, por exemplo).
As primeiras transmissões da TV digital deverão começar por São Paulo, mas o prazo para que isso ocorra vai depender das próprias emissoras de TV.
Para implementarem a TV digital, as redes receberão um novo canal, com 6 MHz (intervalo do espectro idêntico ao atual), para fazer a migração de um sistema para o outro.
As redes de TV serão obrigadas a usar todo o espectro, sob pena de perderem o direito à freqüência, de acordo com regras que serão definidas pelo Ministério das Comunicações.
A idéia é incentivar a multiprogramação (o espectro permite a transmissão de até quatro canais) quando as emissoras não estiverem transmitindo em alta definição (de qualidade superior, que ocupa uma faixa maior do espectro).
Depois que solicitarem o novo canal digital, as redes de TV terão um prazo de seis meses para apresentarem ao Ministério das Comunicações um projeto de viabilidade técnica. Após a aprovação desse projeto, elas terão mais 18 meses para iniciarem as transmissões, sob pena de perderem o novo canal.
O Ministério das Comunicações vai regulamentar, no prazo de 60 dias após a publicação do decreto, o cronograma de implementação da TV digital, e também vai definir como será a atuação do operador de rede para os canais públicos.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice