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29/06/2006
-
15h21
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
Pela 17ª vez consecutiva o Federal Reserve (Fed, o BC americano) elevou sua taxa de juros. Nesta quinta-feira, a taxa do banco passou para 5,25% --mais um aumento de 0,25 ponto percentual, ritmo mantido há dois anos.
No comunicado que justificou a medida tomada, divulgado logo após o fim da reunião, o Fed disse que ainda há riscos de pressão inflacionária, entretanto o ritmo de crescimento da economia do país está desacelerando em relação à robustez verificada no início do ano. A autoridade monetária ressaltou, ainda, que continuará respondendo à altura das mudanças econômicas para atingir os seus objetivos.
O presidente do Fed à época, Alan Greenspan, iniciou o ciclo de altas para conter pressões inflacionárias que começavam a despontar, devido à aceleração da economia americana que então ganhava impulso.
A dúvida hoje no mercado financeiro e entre os economistas é se o Fed já não teria elevado os juros além do que seria prudente: com os juros altos, o crédito fica mais caro e o consumo, principal motor da economia americana, pode sofrer retração e prejudicar o desempenho econômico do país.
Um dado influente sobre a decisão do Fed divulgado hoje, no entanto, foi recebido com otimismo pelos economistas: o indicador do núcleo dos preços (que exclui alimentos e energia) atrelado à leitura do PIB (Produto Interno Bruto), também divulgada hoje, teve alta de 2% (dado anualizado) no primeiro trimestre deste ano.
O aumento é o mesmo que havia sido estimado no dado preliminar sobre o PIB divulgado há um mês e representa uma queda na comparação com os 2,4% registrados no quarto trimestre de 2005.
O dado sobre inflação ainda atenuou o efeito que o crescimento de 5,6% do PIB do país entre janeiro e março deste ano poderia ter sobre a economia --expansão acelerada da economia poderia ser indício.
Mesmo com a inflação tendo mostrado um perfil aparente de desaceleração, há a expectativa de que o Fed venha a realizar mais um aumento de 0,25 ponto percentual na reunião de agosto.
Ritmo sólido
Em seu relatório anual de 2005, divulgado na segunda-feira (26), o Fed informou que a economia dos EUA deve registrar um desempenho positivo neste ano e em 2007, apesar das restrições a uma expansão mais expressiva colocadas pelos altos preços da energia no país.
O núcleo da inflação ainda deve sofrer pressões no curto prazo, mas para o restante do ano a expectativa é de uma redução dessa pressão.
Mesmo com a previsão otimista, o Fed reconhece que há "riscos significativos" para o cenário econômico. "Um pouco da incerteza se concentra nas perspectivas para o setor imobiliário", informa o relatório.
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da Folha Online
Pela 17ª vez consecutiva o Federal Reserve (Fed, o BC americano) elevou sua taxa de juros. Nesta quinta-feira, a taxa do banco passou para 5,25% --mais um aumento de 0,25 ponto percentual, ritmo mantido há dois anos.
No comunicado que justificou a medida tomada, divulgado logo após o fim da reunião, o Fed disse que ainda há riscos de pressão inflacionária, entretanto o ritmo de crescimento da economia do país está desacelerando em relação à robustez verificada no início do ano. A autoridade monetária ressaltou, ainda, que continuará respondendo à altura das mudanças econômicas para atingir os seus objetivos.
O presidente do Fed à época, Alan Greenspan, iniciou o ciclo de altas para conter pressões inflacionárias que começavam a despontar, devido à aceleração da economia americana que então ganhava impulso.
A dúvida hoje no mercado financeiro e entre os economistas é se o Fed já não teria elevado os juros além do que seria prudente: com os juros altos, o crédito fica mais caro e o consumo, principal motor da economia americana, pode sofrer retração e prejudicar o desempenho econômico do país.
Um dado influente sobre a decisão do Fed divulgado hoje, no entanto, foi recebido com otimismo pelos economistas: o indicador do núcleo dos preços (que exclui alimentos e energia) atrelado à leitura do PIB (Produto Interno Bruto), também divulgada hoje, teve alta de 2% (dado anualizado) no primeiro trimestre deste ano.
O aumento é o mesmo que havia sido estimado no dado preliminar sobre o PIB divulgado há um mês e representa uma queda na comparação com os 2,4% registrados no quarto trimestre de 2005.
O dado sobre inflação ainda atenuou o efeito que o crescimento de 5,6% do PIB do país entre janeiro e março deste ano poderia ter sobre a economia --expansão acelerada da economia poderia ser indício.
Mesmo com a inflação tendo mostrado um perfil aparente de desaceleração, há a expectativa de que o Fed venha a realizar mais um aumento de 0,25 ponto percentual na reunião de agosto.
Ritmo sólido
Em seu relatório anual de 2005, divulgado na segunda-feira (26), o Fed informou que a economia dos EUA deve registrar um desempenho positivo neste ano e em 2007, apesar das restrições a uma expansão mais expressiva colocadas pelos altos preços da energia no país.
O núcleo da inflação ainda deve sofrer pressões no curto prazo, mas para o restante do ano a expectativa é de uma redução dessa pressão.
Mesmo com a previsão otimista, o Fed reconhece que há "riscos significativos" para o cenário econômico. "Um pouco da incerteza se concentra nas perspectivas para o setor imobiliário", informa o relatório.
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