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29/06/2006
-
17h53
DENYSE GODOY
da Folha Online
O dólar comercial caiu 2,07% nesta quinta-feira, vendido a R$ 2,175 --menor valor desde 18 de maio--, e a Bovespa disparou 4,74%, para 36.486 pontos, demonstrando a animação dos investidores com a decisão do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) de elevar a taxa básica de juros dos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual, para 5,25% ao ano, e o comunicado que se seguiu à reunião na qual a medida foi tomada.
"Agradou principalmente a passagem [da nota] na qual a autoridade monetária menciona a desaceleração do crescimento da economia norte-americana", afirma o consultor financeiro e professor Ricardo Fontes. "Esse é o ponto-chave para a taxa de juros chegar ao equilíbrio", acrescenta Marcelo Voss, economista-chefe da corretora Liquidez.
Logo no início da nota, o Fed diz: "Indicadores recentes sugerem que o crescimento econômico vem moderando-se em relação a seu ritmo bastante forte no início deste ano, em parte refletindo um desaquecimento gradual do mercado imobiliário e os efeitos retardados dos aumentos nas taxas de juros e nos preços da energia".
Depois, a instituição menciona que o núcleo dos índices de preços continuam em patamar elevado e que o risco de pressão inflacionária persiste, mas ela continuará respondendo à altura das mudanças na economia para atingir os seus objetivos.
Para os analistas, essa nota foi mais neutra do que a do encontro anterior do comitê de política monetária do Fed --não houve sinalização de pausa no ciclo de altas mas também não se falou em riscos exacerbados de alta da inflação e conseqüentes aumentos de juros. No mês passado, tal possibilidade assustou os investidores e provocou forte nervosismo nas Bolsas de Valores do mundo inteiro.
Os especialistas agora apostam em mais um aumento da taxa de 0,25 ponto percentual em agosto e aí sim uma parada técnica, ou seja, pausa para avaliação dos efeitos da política adotada sobre a atividade econômica.
Entretanto, ainda é cedo para a retomada da euforia do início de maio, a qual precedeu a reunião anterior do Fed, na qual a taxa foi aumentada pela 16ª vez seguida. Analistas frisam que, embora tenham diminuído, as incertezas persistem, então a volatilidade também deve continuar com menor intensidade.
Paralelo e turismo
O dólar paralelo ficou estável a R$ 2,40, e o turismo teve queda de 1,29%, a R$ 2,29.
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"Agradou principalmente a passagem [da nota] na qual a autoridade monetária menciona a desaceleração do crescimento da economia norte-americana", afirma o consultor financeiro e professor Ricardo Fontes. "Esse é o ponto-chave para a taxa de juros chegar ao equilíbrio", acrescenta Marcelo Voss, economista-chefe da corretora Liquidez.
Logo no início da nota, o Fed diz: "Indicadores recentes sugerem que o crescimento econômico vem moderando-se em relação a seu ritmo bastante forte no início deste ano, em parte refletindo um desaquecimento gradual do mercado imobiliário e os efeitos retardados dos aumentos nas taxas de juros e nos preços da energia".
Depois, a instituição menciona que o núcleo dos índices de preços continuam em patamar elevado e que o risco de pressão inflacionária persiste, mas ela continuará respondendo à altura das mudanças na economia para atingir os seus objetivos.
Para os analistas, essa nota foi mais neutra do que a do encontro anterior do comitê de política monetária do Fed --não houve sinalização de pausa no ciclo de altas mas também não se falou em riscos exacerbados de alta da inflação e conseqüentes aumentos de juros. No mês passado, tal possibilidade assustou os investidores e provocou forte nervosismo nas Bolsas de Valores do mundo inteiro.
Os especialistas agora apostam em mais um aumento da taxa de 0,25 ponto percentual em agosto e aí sim uma parada técnica, ou seja, pausa para avaliação dos efeitos da política adotada sobre a atividade econômica.
Entretanto, ainda é cedo para a retomada da euforia do início de maio, a qual precedeu a reunião anterior do Fed, na qual a taxa foi aumentada pela 16ª vez seguida. Analistas frisam que, embora tenham diminuído, as incertezas persistem, então a volatilidade também deve continuar com menor intensidade.
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