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06/07/2006 - 17h57

Copa faz cair venda de automóveis no país, diz Anfavea

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KAREN CAMACHO
da Folha Online

Os jogos da seleção brasileira na Copa da Alemanha prejudicaram as vendas de automóveis no mês de junho. O setor registrou queda de 9,6% nas vendas de junho na comparação com maio deste ano, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

O presidente da Anfavea, Rogelio Golfarb, disse que os dias de jogos do Brasil na Copa podem ser considerados como dias sem venda. O Brasil esteve em campo em três dias úteis em junho, e outros dois de final de semana. Junho teve 21 dias úteis, um a menos que maio. Na comparação de venda por dia, a queda foi de 5,3%.

Apesar do recuo registrado em junho, o presidente da Anfavea disse que "não tem percepção de queda" e a que a comparação com a média diária de junho de 2005 "sustenta a tendência de crescimento". As vendas cresceram 4,7% na média diária em relação a junho do ano passado.

A queda nas vendas refletiu na produção, que também registrou redução de 6,7% em junho na comparação com maio. Golfarb explicou que o efeito Copa também é responsável pelo recuo, mas a tendência de crescimento também é mantida na produção. Na comparação com a média diária de junho de 2005, houve alta de 3,2% na produção de veículos no mês passado.

Golfarb explicou que os índices negativos de junho causados pelo efeito Copa não prejudicam os resultados no ano e que as estimativas de crescimento de 7,1% para vendas e 4,5% para produção estão mantidas.

Exportação

A Anfavea voltou a demostrar preocupação com a desaceleração nas exportações de veículos. A previsão da entidade de crescimento de 2,7% para este ano foi mantida.

Em junho, as vendas externas tiveram redução de 10,3% em valores, na comparação com maio. Comparando apenas os valores de automóveis, sem as máquinas agrícolas, a queda de 9,6%.

Mas, o que mais preocupa a Anfavea é a queda no número de unidades exportadas. Em junho, a redução foi de 7,2% na comparação com maio e de 17,8% em relação a junho de 2005. No acumulado do ano, as exportações, por unidade caíram 3,7%.

Para a Anfavea, a restituição dos créditos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e mudanças da legislação cambial poderiam compensar a pressão do câmbio.

Para a Anfavea, se a internalização de divisas for extinta, como ensaia o governo há mais de um mês, o setor terá uma redução média de 4% nos custos.

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