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27/07/2006 - 09h58

Banda larga puxa crescimento da TV paga

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ERNANE GUIMARÃES NETO
colaboração para a Folha de S.Paulo

Os assinantes de TV paga chegaram a 4,22 milhões em março, segundo levantamento apresentado ontem pela ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura) em São Paulo.

O crescimento da base de assinantes desde o primeiro trimestre de 2005 foi de 11%, indicando um rompimento com um período de baixo crescimento iniciado há cinco anos.

Desde 2001, o ritmo de crescimento da base de assinantes fica abaixo dos dois dígitos (em 2002, caiu 0,96%). Pelos números da ABTA, a base cresceu 8,84% em 2005. Um dos fatores para o maior crescimento do setor foi a expansão dos serviços de banda larga, que cresceram 25% no trimestre, chegando a 789 mil usuários.

Um estudo do instituto de pesquisa PTS, também apresentado ontem, estima em 4,45 milhões os assinantes no fim deste ano. A PTS, no entanto, usa uma metodologia de contagem diferente da ABTA. Pela PTS, os assinantes de TV em março eram 4,11 milhões.

Questão de método

Segundo o diretor executivo da PTS, Otavio Jardanovski, a ABTA "usa os números brutos de assinantes". Seu instituto descontaria usuários temporariamente fora do sistema, por exemplo. Pelos números da PTS, o crescimento do setor de TV paga nos 12 meses findos em março foi menor -8%. Mantendo-se o ritmo de crescimento da economia brasileira, a PTS calcula os assinantes ultrapassem 6 milhões em 2010.

Para Jardanovski, o primeiro trimestre deste ano foi atípico: "Surpreendentemente, o DTH [setor de TV via satélite, dominado por Sky e DirecTV] cresceu muito pouco. Vamos ver o que acontece no segundo semestre", disse, referindo-se aos efeitos da fusão entre Sky e DirecTV, aprovada em maio pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

Novos concorrentes

No próximo dia 1º, a ABTA realiza um congresso para discutir o futuro do mercado, sobretudo com a convergência de tecnologias -cujo expoente mais polêmico tem sido a TV digital. A crescente clientela da TV paga concentra-se nos grupos Net (65% do "market share" em março, segundo a PTS) e NeoTV (da TVA, com 23%), mas emissoras abertas e teles podem entrar na competição com as novas tecnologias.

Alexandre Annenberg, diretor executivo da ABTA, disse que acredita na colaboração entre as empresas de ramos diferentes. Entre os fatores de sinergia está a falta de capilaridade da TV paga: mesmo afirmando que o cabo é "a melhor estrutura que existe" para a interatividade da TV digital, Annenberg disse que a estrutura das teles seria importante na implantação da nova TV.

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