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07/08/2006 - 12h37

Inadimplência aumenta mas ainda não preocupa, diz Bradesco

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IVONE PORTES
da Folha Online

Com a queda dos juro básico da economia brasileira, os principais bancos do país têm apostado no aumento da oferta de crédito para manter a rentabilidade. Esse movimento, entretanto, vem provocando um crescimento no índice de inadimplência.

No caso do Bradesco, por exemplo, o índice de inadimplência atingiu 4,2% em junho deste ano, maior nível desde o primeiro trimestre de 2004, considerando o total de operações de crédito vencidas há mais de 59 dias.

Esse crescimento foi puxado, basicamente, pela inadimplência de pessoas físicas, que atingiu 6,8%, maior índice desde o terceiro trimestre de 2004.

Para o presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, esse avanço da inadimplência ainda não preocupa.

"O banco está muito bem preparado para isso. Conceder crédito em massa não é uma coisa simples. Tem que ter experiência, ferramentas e equipe preparada. E isso o banco tem", afirmou.

Cypriano disse ainda que o grupo não trabalha com uma meta específica para inadimplência e que o aumento de devedores não vai causar uma desaceleração na oferta de crédito.

O executivo projeta um crescimento de 20% a 25% na carteira de crédito do banco neste ano. Os empréstimos para pessoas físicas devem crescer de 30% a 35%. Para pequenas e médias empresas ele prevê expansão de 15% a 20%.

No primeiro semestre deste ano, a carteira de crédito do banco, sem avais e fiança, totalizou R$ 88,643 bilhões. Deste total, R$ 37,560 foram direcionados para pessoas físicas, um avanço de 39,9% sobre junho de 2005. Os empréstimos para pequenas e médias empresas cresceram 29% e somaram R$ 25,971 bilhões. Entre as grandes empresas, a expansão foi de 10,1%, para R$ 25,112 bilhão.

O aumento da inadimplência levou o banco a elevar as provisões para devedores duvidosos em 31,1%, de R$ 4,450 bilhões para R$ 5,833 bilhões entre junho do ano passado e o mesmo período de 2006. "O aumento está em linha com a expectativa do banco", disse Cypriano.

Itaú

O banco Itaú, que divulgou balanço na semana passada, também registrou aumento da inadimplência. O índice aumentou 0,4 ponto percentual do primeiro para o segundo trimestre, atingindo 4,4%.

Essa alta foi puxada pela inadimplência de pessoas físicas, que passou de 6,5% para 7,1% no período, enquanto entre empresas recuou de 1,5% para 1,4%.

A carteira de crédito total do Itaú, incluindo avais e fianças, atingiu R$ 74,783 bilhões no final do primeiro semestre de 2006, um crescimento de 27,5% sobre o mesmo período do ano anterior, impulsionada pelos empréstimos para pessoa física, que avançaram 49%.

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