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11/08/2006 - 12h43

Medidas de segurança em vôos nos EUA podem afetar vendas em "free shops"

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da Folha Online

As medidas de segurança nos aeroportos dos EUA adotadas depois do caos provocado ontem com a descoberta de um plano terrorista contra aviões no Reino Unido pode afetar as vendas em "free shops" nos aeroportos do país, segundo associações do setor e institutos de pesquisa.

O instituto suíço Group Generation informou que as vendas em "free shops" totalizaram no ano passado US$ 27 bilhões, e, dessas vendas, 50,5% correspondem a bebidas alcoólicas, perfumes e cosméticos, segundo a agência de notícias Associated Press.

O presidente do instituto America's Research Group, Britt Beemer, disse à AP a incerteza causada pela ameaça dos atentados e a observação irregular das novas medidas pode levar a uma perda de 30% a 40% nas vendas. Segundo ele, as perdas, no entanto, podem ser ainda maiores, uma vez que bebidas e perfumes são os dois principais produtos de muitas "free shops" em aeroportos no país.

O diretor-executivo da Associação Internacional das Lojas "Duty Free" em Aeroportos, Michael Payne, disse que as medidas de segurança podem causar problemas para o setor no longo prazo. "No momento estamos aguardando mais esclarecimentos, enquanto a TSA [Transportation Security Administration, a agência de segurança nos transportes dos EUA] elabora seus requisitos (...) Mas faremos o que for preciso para garantir segurança nos vôos."

A polícia britânica anunciou nesta quinta-feira (10) ter frustrado um ataque terrorista que planejava explodir bombas em dez aviões no Reino Unido.

Após o anúncio, a TSA, proibiu o transporte, em bagagens de mão, de todo tipo de líquidos ou frascos de gel, incluindo xampu, loção de bronzear, pasta de dentes, gel para cabelo e outros itens de consistência semelhante.

Segundo a TSA, os passageiros terão de consumir suas bebidas antes de embarcarem. As exceções são: leite, se o passageiro estiver com crianças de colo; medicamentos com receita (o nome do paciente na receita precisa coincidir com o que constar na passagem); e insulina e medicamentos essenciais que não precisem de prescrição médica.

Ganhos

Alguns setores varejistas que operam em aeroportos podem, ao contrário, registrar ganhos com as novas medidas de segurança, segundo o chefe da Federação Nacional do Varejo nos EUA, Scott Krugman.

"Restaurantes podem acabar se beneficiando com isso, porque as pessoas vão ter de comer e beber antes de embarcarem", afirmou. O benefício, no entanto, deve ser apenas temporário. "Como sabemos quais medidas são permanentes e quais são temporárias, essas lojas irão adaptar o que vendem e como vendem."

As vendas nas lojas de aeroportos vinham registrando resultados positivos desde os ataques ocorridos nos EUA em 11 de setembro de 2001. Entre as medidas adotadas desde então está a de chegar com antecedência nos aeroportos, o que acaba aumentando o consumo de alimentos durante o tempo de espera.

As reduções de custos das companhias aéreas acabou também por afetar os serviços de alimentação a bordo das aeronaves, o que também beneficiou lanchonetes e restaurantes em aeroportos.

Com agências internacionais

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