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17/08/2006 - 11h32

Reajustes salariais do 1º semestre são os melhores desde 1996, diz Dieese

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da Folha Online

As negociações salariais do primeiro semestre foram as melhores já obtidas pelos trabalhadores no período desde pelo menos 1996, ano em que o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) iniciou a pesquisa sobre reajuste salarial.

Das 271 negociações para recomposição salarial acompanhadas pelo Dieese nos primeiros seis meses deste ano, cerca de 96% fecharam acordos de reajustes iguais ou superiores à inflação medida pelo INPC (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE.

O resultado das negociações deste ano mostra um avanço em relação a igual intervalo de 2005, quando a proporção dos reajustes capazes de ao menos repor as perdas inflacionárias foi de 85,1%.

O levantamento mostra ainda que das negociações acompanhadas no primeiro semestre 82% asseguraram reajustes salariais superiores ao INPC, 14% a recomposição da inflação e 4% percentuais insuficientes para recuperar as perdas salariais acumuladas desde a data-base anterior.

Por setores econômicos, as negociações acompanhadas no primeiro semestre resultaram em maiores reajustes salariais no comércio, onde 91% das categorias conseguiram recomposições superiores ao INPC.

Na indústria, esse percentual equivale a 84% e no setor de serviços, a 77%.

Segundo o Dieese, vários fatores contribuíram para o bom desempenho das negociações, como a expansão do mercado consumidor interno, estimulada pela maior oferta de crédito, pelo efeito dos programas sociais dos governos estaduais e federal e pelo impacto dos últimos aumentos reais do salário mínimo oficial.

"Além dos esforços empreendidos pelo movimento sindical na busca de ganhos salariais, o crescimento da economia nacional, embora ainda insuficiente para suprir as necessidades que se colocam, tem colaborado para a realização de negociações vantajosas para os trabalhadores nos últimos três anos", avalia o Dieese.

Para fazer o levantamento, o Dieese compara os reajustes com o INPC acumulado nos 12 meses anteriores a cada data-base, pois é o índice mais usado nas negociações e serve para corrigir o salário mínimo e benefícios previdenciários.

"A negociação de reajustes salariais tem sido favorecida pelos baixos patamares das taxas de inflação, que seguem em declínio. De pouco mais de 5% no acumulado dos 12 meses anteriores à data-base referente a janeiro, a 2,75%, para a de junho, propiciando, inclusive, a conquista de aumentos reais de salários."

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