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21/08/2006
-
18h19
da Folha Online
A Volkswagen do Brasil confirmou hoje a possibilidade de fechar a fábrica localizada em São Bernardo do Campo se não chegar a um acordo com sindicatos para implementar seu plano de reestruturação até 2008.
Inaugurada na segunda metade da década de 50, durante o governo Juscelino Kubitschek, a fábrica do ABC produz modelos como Kombi, Polo, Fox e Gol e conta com 12.400 funcionários. Foi nessa fábrica que a Volks produziu seu primeiro veículo no Brasil, uma Kombi, que tinha 50% de suas peças produzidas no país --antes a empresa chegou a montar veículos em um armazém na cidade de São Paulo, mas só com peças importadas.
Hoje a unidade localizada na rodovia Anchieta é a maior das cinco fábricas da montadora alemã no país. A unidade, entretanto, é considerada pela direção da empresa a 'mais problemática' --ou seja, a menos competitiva.
Durante reunião dos dirigentes da Volks com representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nesta manhã, "a empresa alertou que, sem acordo, a fábrica Anchieta não terá condições de concorrer a novos investimentos, o que inviabilizaria o futuro das suas operações em curto prazo", diz nota da empresa.
No total, a Volks já havia informado anteriormente que planejava demitir entre 4.000 e 6.000 funcionários até 2008 nas unidades do ABC, Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR).
Em São Bernardo, a Volks falava em demitir 3.672 pessoas, mas informou hoje que poderão ser cortados até 6.100 funcionários sem o acordo somente nessa unidade.
A montadora alemã afirma que em setembro sua matriz na Alemanha vai decidir sobre locais onde serão realizados novos investimentos, o que aumenta a importância do acordo.
Sem a redução de pessoal, a empresa acredita que a produção diária de 900 veículos na unidade terá uma queda de 300 a 400 unidades nos próximos anos.
"Com um nível de produção bem inferior ao atual provocado pela ausência de investimentos, os já elevados custos fixos da unidade se tornarão ainda maiores. É difícil imaginar que um complexo industrial do porte da Anchieta continue operando com um volume de produção tão reduzido. Portanto, caso não tenhamos novos investimentos, o risco da operação ser encerrada é real", disse Josef-Fidelis Senn, vice presidente de Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil.
Além das demissões, que prevêem um incentivo financeiro para os que vierem a ser desligados, Volks quer que o acordo inclua também ajustes na participação da empresa no plano de saúde, no valor da participação nos resultados pago aos trabalhadores e no sistema do banco de horas, entre outras coisas.
A empresa justifica as demissões com o prejuízo dos últimos oito anos e com a pressão da valorização do real ante o dólar, que reduzirá em 40% as exportações até 2008.
As demissões na fábrica da Anchieta apenas poderão ocorrer a partir de 21 de novembro, quando termina o acordo de estabilidade de emprego na unidade.
O sindicato informou que vai fazer amanhã, às 14h30, uma assembléia na fábrica de São Bernardo para decidir quais ações serão tomadas pelos metalúrgicos.
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A Volkswagen do Brasil confirmou hoje a possibilidade de fechar a fábrica localizada em São Bernardo do Campo se não chegar a um acordo com sindicatos para implementar seu plano de reestruturação até 2008.
Inaugurada na segunda metade da década de 50, durante o governo Juscelino Kubitschek, a fábrica do ABC produz modelos como Kombi, Polo, Fox e Gol e conta com 12.400 funcionários. Foi nessa fábrica que a Volks produziu seu primeiro veículo no Brasil, uma Kombi, que tinha 50% de suas peças produzidas no país --antes a empresa chegou a montar veículos em um armazém na cidade de São Paulo, mas só com peças importadas.
Hoje a unidade localizada na rodovia Anchieta é a maior das cinco fábricas da montadora alemã no país. A unidade, entretanto, é considerada pela direção da empresa a 'mais problemática' --ou seja, a menos competitiva.
Durante reunião dos dirigentes da Volks com representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nesta manhã, "a empresa alertou que, sem acordo, a fábrica Anchieta não terá condições de concorrer a novos investimentos, o que inviabilizaria o futuro das suas operações em curto prazo", diz nota da empresa.
No total, a Volks já havia informado anteriormente que planejava demitir entre 4.000 e 6.000 funcionários até 2008 nas unidades do ABC, Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR).
Em São Bernardo, a Volks falava em demitir 3.672 pessoas, mas informou hoje que poderão ser cortados até 6.100 funcionários sem o acordo somente nessa unidade.
A montadora alemã afirma que em setembro sua matriz na Alemanha vai decidir sobre locais onde serão realizados novos investimentos, o que aumenta a importância do acordo.
Sem a redução de pessoal, a empresa acredita que a produção diária de 900 veículos na unidade terá uma queda de 300 a 400 unidades nos próximos anos.
"Com um nível de produção bem inferior ao atual provocado pela ausência de investimentos, os já elevados custos fixos da unidade se tornarão ainda maiores. É difícil imaginar que um complexo industrial do porte da Anchieta continue operando com um volume de produção tão reduzido. Portanto, caso não tenhamos novos investimentos, o risco da operação ser encerrada é real", disse Josef-Fidelis Senn, vice presidente de Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil.
Além das demissões, que prevêem um incentivo financeiro para os que vierem a ser desligados, Volks quer que o acordo inclua também ajustes na participação da empresa no plano de saúde, no valor da participação nos resultados pago aos trabalhadores e no sistema do banco de horas, entre outras coisas.
A empresa justifica as demissões com o prejuízo dos últimos oito anos e com a pressão da valorização do real ante o dólar, que reduzirá em 40% as exportações até 2008.
As demissões na fábrica da Anchieta apenas poderão ocorrer a partir de 21 de novembro, quando termina o acordo de estabilidade de emprego na unidade.
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