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21/08/2006 - 19h16

Veja a íntegra da nota divulgada pela Volks sobre a fábrica no ABC

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da Folha Online

Veja a íntegra da nota divulgada pela Volkswagen sobre o possível fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo (SP):

"21 de agosto de 2006

Volkswagen reafirma ao Sindicato e à Representação de Empregados a necessidade de implantação do Plano de Reestruturação na fábrica Anchieta

Em reunião nesta manhã, a Volkswagen apresentou às entidades de representação da Anchieta as possíveis conseqüências caso não haja acordo sobre o Plano de Reestruturação Fase 2

A Volkswagen do Brasil reafirmou, nesta manhã, em reunião com as entidades de representação dos empregados da fábrica Anchieta, a necessidade de estabelecimento de acordo que viabilize a implantação das medidas previstas no Plano de Reestruturação Fase 2, anunciado no dia 3 de maio de 2006. A empresa alertou que, sem acordo, a fábrica Anchieta não terá condições de concorrer a novos investimentos, o que inviabilizaria o futuro das suas operações em curto prazo.

A companhia esclareceu que ocorrerá agora em setembro uma reunião decisória na sede do Grupo Volkswagen (em Wolfsburg, norte da Alemanha) sobre alocação de investimentos e, por isso, reforçou a importância da busca imediata pelo acordo.

"É fundamental para a fábrica Anchieta que sejam viabilizados investimentos e a produção de novos modelos. Caso contrário, a perspectiva de redução do efetivo será ainda maior do que já anunciado", ressalta Nilton Junior, gerente executivo de Relações Trabalhistas Corporativo da Volkswagen.

No caso de uma solução negociada, o quadro de empregados deverá ser reduzido em aproximadamente 3.600 pessoas nos próximos anos, e a companhia poderá oferecer incentivo financeiro aos empregados que vierem a ser desligados.

Além da redução de pessoal, o acordo deve também contemplar as questões de reajuste na participação do Plano Médico, determinação dos patamares do PPR (Programa de Participação nos Resultados), novo sistema de Banco de Horas e nova Tabela Salarial, entre outras medidas. Somente desta forma a Volkswagen poderá assegurar investimentos para a unidade, como forma de viabilizar a continuidade das operações. A empresa tem a expectativa de construir um acordo com o sindicato até o final desta semana, para que então seja submetido aos empregados.

Caso não haja um acordo aprovado, a companhia dará início às ações para a redução do quadro de pessoal --que ocorrerá efetivamente após 21 de novembro de 2006--, quando se encerra o acordo de estabilidade válido desde novembro de 2001.

"A redução de 3.600 empregados nos próximos anos considera a vinda de novos investimentos. Por esta razão, caso não haja acordo sobre as medidas do Plano de Reestruturação, a fábrica Anchieta não receberá novos modelos e terá uma produção reduzida para 300 a 400 carros/dia nos próximos anos, frente aos mais de 900 veículos/dia que são produzidos hoje. Considerando este cenário, ocorrerá um corte adicional de aproximadamente 2.500 pessoas, além dos 3.600 desligamentos já anunciados", afirma Nilton Junior.

"Com um nível de produção bem inferior ao atual provocado pela ausência de investimentos, os já elevados custos fixos da unidade se tornarão ainda maiores. É difícil imaginar que um complexo industrial do porte da Anchieta continue operando com um volume de produção tão reduzido. Portanto, caso não tenhamos novos investimentos, o risco da operação ser encerrada é real. A direção da Volkswagen do Brasil não deseja que isso aconteça e, por esta razão, tem insistido na busca de um acordo que viabilize as ações do Plano de Reestruturação", complementa Josef-Fidelis Senn, vice presidente de Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil.

Nesta manhã, em reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a Representação Interna de Empregados da Anchieta, a empresa esclareceu que, caso não seja definido um acordo até o final desta semana, a Volkswagen providenciará a relação de 1.800 pessoas que serão desligadas após 21 de novembro deste ano, sem pagamento de qualquer incentivo adicional serão cerca de 1.300 empregados da fábrica e aproximadamente 500 pessoas que se encontram atualmente em atividades no CFE (Centro de Formação e Estudo), mecanismo criado na primeira fase do Plano de Reestruturação, implantada em 2003. "Sem acordo, as demissões serão feitas conforme a legislação determina e não haverá pacote", indica Nilton Junior.

"A Volkswagen está sendo absolutamente clara e transparente ao indicar as graves conseqüências que ocorrerão caso não haja um acordo trabalhista. Desta vez, a questão está concentrada na existência ou não de futuro para a maior operação industrial da Volkswagen no Brasil. A empresa insistirá no caminho do entendimento como forma para garantir o futuro da fábrica Anchieta e tem convicção de que, com a união de todos, as enormes dificuldades serão superadas", conclui Josef-Fidelis Senn, vice presidente de Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil."

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