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22/08/2006 - 20h30

Varig pode perder dez balcões de check-in em Congonhas e 40 em Guarulhos

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PATRICIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

A Infraero propôs reduzir de 16 para seis o número de balcões utilizados pela Varig no aeroporto de Congonhas, e de 54 para 14 em Guarulhos.

A redução faz parte da proposta de adequação dos aeroportos de acordo com o movimento de cada companhia. O plano envolve os 67 aeroportos administrados pela Infraero, segundo determinação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Segundo o diretor de Operações da estatal, Rogério Barzellay, a proposta de redistribuição das áreas de check-in foi apresentada a representantes de cerca de 12 companhias aéreas em reunião hoje na sede da Infraero.

O plano será encaminhado oficialmente pela estatal à Varig, principal atingida pelo rearranjo dos balcões de atendimento nos aeroportos. Entretanto, Barzellay destacou que a Varig contestou hoje mesmo, durante a reunião, a grande redução da sua presença nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, e também a proposta de mudança em Manaus, onde a empresa não perderia espaço, mas teria que alterar sua infra-estrutura para check-in.

No documento que será enviado à Varig, a Infraero vai solicitar que a empresa apresente os seus números operacionais, como número de aeronaves e capacidade, vôos, entre outras informações.

O plano da estatal foi elaborado com base nos dados apresentados pela Varig à Justiça e à Anac, e no movimento das empresas no mês de julho.

Negociação

Na avaliação do diretor da Infraero, a reunião de hoje levou a um "denominador comum" para 64 aeroportos. Ele espera resolver a situação dos três aeroportos onde o plano foi questionado pela Varig até o fim deste mês para implementar o plano em seguida.

Barzellay fez questão de destacar que a discussão com as empresas tem caráter operacional, e será revista a cada 30 dias após sua implementação para que se possa medir a efetividade das mudanças. A estatal promete intensificar a fiscalização para evitar que os espaços sejam mal utilizados pelas empresas, e deverá multar as companhias e retomar os espaços que não estiverem sendo ocupados com eficiência.

Ele também disse que as negociações em curso na Infraero não garantem que a Varig solicitará, por exemplo, uma liminar na Justiça para impedir a distribuição dos balcões.

Entretanto, o diretor considerou positiva a presença da empresa na reunião de hoje, já que a companhia, principal afetada pela medida, não vinha participando dessas negociações.

No caso de Congonhas, a proposta prevê ainda a devolução de três balcões pela TAM e três pela Gol localizados em áreas que estavam separadas de seus balcões principais de atendimento. A expectativa é a de que essas companhias recebam outros cinco balcões cada uma, provenientes da devolução de áreas hoje ocupadas pela Varig.

Segundo Barzellay, pelo plano da estatal, a BRA, que tem hoje três balcões no aeroporto ficará com cinco, a Pantanal e a Ocean Air passarão de dois para quatro balcões cada uma.

Já em Guarulhos, a redistribuição deverá levar em conta também as companhias internacionais. Mas a Infraero só deverá chamar essas empresas para apresentarem suas demandas no aeroporto após acertar a retomada dos balcões da Varig.

Barzellay explicou que, somente depois de fechado um acordo operacional, a área jurídica da Infraero irá modificar os contratos das empresas.

No caso do Rio de Janeiro, a Varig proposta prevê a redução de 26 balcões para 12 no aeroporto Tom Jobim (Galeão), e a manutenção dos espaços ocupados hoje no Santos Dumont.

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