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28/08/2006 - 09h58

Nacionalização na Bolívia pode levar até 20 anos, diz governo

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da Folha Online

A nacionalização das reservas de gás natural e petróleo na Bolívia, decertada no dia 1º de maio deste ano, é um processo que deve levar até 20 anos, disse o superintendente de Hidrocarbonetos do país, Víctor Hugo Sáinz.

Sáinz disse que não se pode falar de resultados imediatos no processo e que quem o faz "não sabe o que diz", segundo o jornal boliviano "El Diário".

"O processo de nacionalização vai levar 10, 15, 20 anos e quem disser que vamos industrializar [o setor de hidrocarbonetos] em dois anos não sabe o que está falando. Está criando falsas expectativas, não sei por quais motivos", disse Sáinz.

O superintendente afirmou que agora é preciso elaborar um novo sistema regulatório para o setor, de motor a tornar efetivas as medidas adotadas no decreto de nacionalização.

"O processo de nacionalização é um caminho árduo, que pode tomar muitos anos, e não apenas 180 dias", acrescentou o superintendente.

Pelo decreto, as petrolíferas estrangeiras em atuação no país tem 180 dias (a partir de 1º de maio) para regularizarem se adaptarem às novas condições de exploração e comercialização.

Sáinz criticou a oposição ao governo do presidente Evo Morales, que acusa o governo de "não estar fazendo nada": ele disse que representantes dos interesses das empresas petrolíferas no passado "se encarregaram de destruir a indústria", e para isso teriam levado 10 anos. "Por isso não podem reclamar", disse.

O governo boliviano sabe que as novas regras não estão prontas, disse Sáinz. "Não quero desanimar as pessoas. Projetos sérios de industrialização, de investimentos de US$ 300 milhões a US$ 400 milhões, levam facilmente de três a seis anos para serem implementados."

"Falta de seriedade"

O superintendente disse que anúncios em circulação sobre ofertas de investimentos no setor petrolífero na mídia boliviana "carecem de seriedade", pois empresas sérias não fazem esse tipo de anúncio.

"A Petrobras havia oferecido investimentos de US$ 4,5 bilhões, mas como não especificavam os prazos, põe-se assim em tudo uma máscara. Essa quantia se pode investir em 10 ou 15 anos, não em um ano", disse. "Há que se ler nas entrelinhas."

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