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28/08/2006
-
14h05
da Folha Online
Comunidades de índios guaranis ocuparam nesta segunda-feira as reservas de gás e petróleo na região do Chaco (700 quilômetros ao sul de La Paz) e ameaçam interromper a produção e as exportações para o Brasil.
Segundo o líder da APG (Assembléia do Povo Guarani), Wilson Changaray, a decisão foi tomada devido ao fracasso nas negociações com a Transierra (sociedade formada pela Petrobras, pela Repsol YPF e pela francesa TotalFinaElf).
"Hoje estamos entrando nos campos produtores e vamos paralisar toda a atividade e suspender as exportações para o Brasil", disse Changaray à rádio boliviana Fides.
No entanto, o gerente comercial da Transierra (empresa da Petrobras, Total e Repsol-YPF), Jorge Boland, disse à agência Reuters que o abastecimento está normal.
"É possível a interrupção, mas desde que eles invadiram a estação de controle em 15 de agosto, eles têm dito isso e nada foi interrompido", afirmou.
O governo boliviano ainda não tem um posicionamento sobre a situação na região do Chaco, segundo a Reuters.
Os índios guaranis já haviam ocupado, ha cerca de dez dias, a Estação Operacional de Parapetí, da Transierra, no município de Charagua (leste do país).
A APG exige o repasse de cerca de US$ 9 milhões que a Transierra teria prometido, em um acordo firmado em julho de 2005. A empresa, por sua vez, informou que deve liberar a verba, como compensação por danos ambientais, em 20 anos.
A associação ameaçou então fechar uma válvula de passagem do gasoduto --que serve para a exportação de gás natural da Bolívia para o Brasil desde 2004-- se a reivindicação não for atendida.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, a interrupção das atividades na região do Chaco afetaria cerca de 60% das exportações do produto para o Brasil.
"Não estamos pedindo um aporte das empresas, mas apenas uma compensação pela riqueza que extraem de nossas terras e pelo dano que causam", afirmou Changaray.
Sobre as negociações a respeito da ocupação na estação de Parapetí, Changaray disse que "resultou em nada, porque a empresa [Transierra] não compareceu à reunião na sexta-feira passada, por isso nosso protesto agora é maior".
Com agências internacionais
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Segundo o líder da APG (Assembléia do Povo Guarani), Wilson Changaray, a decisão foi tomada devido ao fracasso nas negociações com a Transierra (sociedade formada pela Petrobras, pela Repsol YPF e pela francesa TotalFinaElf).
"Hoje estamos entrando nos campos produtores e vamos paralisar toda a atividade e suspender as exportações para o Brasil", disse Changaray à rádio boliviana Fides.
No entanto, o gerente comercial da Transierra (empresa da Petrobras, Total e Repsol-YPF), Jorge Boland, disse à agência Reuters que o abastecimento está normal.
"É possível a interrupção, mas desde que eles invadiram a estação de controle em 15 de agosto, eles têm dito isso e nada foi interrompido", afirmou.
O governo boliviano ainda não tem um posicionamento sobre a situação na região do Chaco, segundo a Reuters.
Os índios guaranis já haviam ocupado, ha cerca de dez dias, a Estação Operacional de Parapetí, da Transierra, no município de Charagua (leste do país).
A APG exige o repasse de cerca de US$ 9 milhões que a Transierra teria prometido, em um acordo firmado em julho de 2005. A empresa, por sua vez, informou que deve liberar a verba, como compensação por danos ambientais, em 20 anos.
A associação ameaçou então fechar uma válvula de passagem do gasoduto --que serve para a exportação de gás natural da Bolívia para o Brasil desde 2004-- se a reivindicação não for atendida.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, a interrupção das atividades na região do Chaco afetaria cerca de 60% das exportações do produto para o Brasil.
"Não estamos pedindo um aporte das empresas, mas apenas uma compensação pela riqueza que extraem de nossas terras e pelo dano que causam", afirmou Changaray.
Sobre as negociações a respeito da ocupação na estação de Parapetí, Changaray disse que "resultou em nada, porque a empresa [Transierra] não compareceu à reunião na sexta-feira passada, por isso nosso protesto agora é maior".
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