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15/09/2006
-
00h35
da France Presse, em La Paz
da Folha Online
O vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, confirmou que suspendeu temporariamente a ordem de confiscar as receitas das refinarias da Petrobras no país.
"Estamos suspendendo temporariamente uma resolução ministerial como um sinal para avançar no diálogo" com a Petrobras, afirmou García Linera, durante entrevista coletiva em La Paz. Linera exerce interinamente a Presidência boliviana durante a ausência do presidente Evo Morales.
O governo boliviano recuou depois que a decisão foi bombardeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelos executivos da Petrobras.
Na coletiva, García Linera disse que decidiu "congelar" a resolução ministerial "para facilitar as negociações" e acrescentou que a reposição da norma "dependerá de como seguirão" essas conversas.
Segundo o presidente em exercício, a suspensão da ordem não signfica um retrocesso na nacionalização dos hidrocarbonetos. "A nacionalização vai adiante. O que estamos analisando são os prazos para a aplicação de acordo com as empresas", especificou.
Confisco e impasse
Para confiscar as receitas das refinarias, a Bolívia decidiu transformá-las em prestadoras de serviço. A resolução, que aconteceu na última terça-feira, gerou um impasse dentro do governo brasileiro, que ficou sabendo da notícia por meio dos jornais bolivianos.
Imediatamente, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, decidiram cancelar a viagem que fariam para La Paz na sexta-feira com o objetivo de discutir a exploração e distribuição de gás.
Pela manhã, Lula afirmou que o Brasil adotaria medidas "duras" contra a Bolívia se o país vizinho não recuar em sua decisão. "Eles vão congelar essa medida. Se a Bolívia teimar em tomar atitudes unilaterais o Brasil vai ter que pensar em como fazer uma coisa mais dura."
Os candidatos à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) e Heloísa Helena (PSOL) aproveitaram a crise com a Bolívia para chamar Lula de "omisso" e "incompetente".
Sem citar nomes, Lula criticou a postura de Alckmin e Heloísa. "Precisamos saber que o Brasil será este ponto de equilíbrio; se eu não briguei com o Bush (George W. Bush, presidente dos EUA), por que eu vou brigar com o [Evo] Morales? [presidente da Bolívia]"
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O vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, confirmou que suspendeu temporariamente a ordem de confiscar as receitas das refinarias da Petrobras no país.
"Estamos suspendendo temporariamente uma resolução ministerial como um sinal para avançar no diálogo" com a Petrobras, afirmou García Linera, durante entrevista coletiva em La Paz. Linera exerce interinamente a Presidência boliviana durante a ausência do presidente Evo Morales.
O governo boliviano recuou depois que a decisão foi bombardeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelos executivos da Petrobras.
Na coletiva, García Linera disse que decidiu "congelar" a resolução ministerial "para facilitar as negociações" e acrescentou que a reposição da norma "dependerá de como seguirão" essas conversas.
Segundo o presidente em exercício, a suspensão da ordem não signfica um retrocesso na nacionalização dos hidrocarbonetos. "A nacionalização vai adiante. O que estamos analisando são os prazos para a aplicação de acordo com as empresas", especificou.
Confisco e impasse
Para confiscar as receitas das refinarias, a Bolívia decidiu transformá-las em prestadoras de serviço. A resolução, que aconteceu na última terça-feira, gerou um impasse dentro do governo brasileiro, que ficou sabendo da notícia por meio dos jornais bolivianos.
Imediatamente, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, decidiram cancelar a viagem que fariam para La Paz na sexta-feira com o objetivo de discutir a exploração e distribuição de gás.
Pela manhã, Lula afirmou que o Brasil adotaria medidas "duras" contra a Bolívia se o país vizinho não recuar em sua decisão. "Eles vão congelar essa medida. Se a Bolívia teimar em tomar atitudes unilaterais o Brasil vai ter que pensar em como fazer uma coisa mais dura."
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