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15/09/2006 - 10h04

Trabalho infantil sobe 10,3% em 2005, diz IBGE

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CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio

O trabalho infantil apresentou avanço no ano passado. O número de crianças de 5 a 14 anos que trabalham subiu 10,3% entre 2004 e 2005, influenciado pelo aumento no trabalho para o próprio consumo --construção e criação para si próprio-- e atividades não-remuneradas, ambas tipicamente agrícolas.

A conclusão faz parte da Pnad 2005, elaborada pelo IBGE, que constatou ainda que o contingente de crianças entre 5 e 17 anos que trabalham subiu e passou de 11,8% para 12,2% entre 2004 e 2005.

Segundo o IBGE, uma das possíveis causas para esse aumento é a crise da agricultura, sobretudo, na região Sul do país. Os aumentos no trabalho entre crianças foram maiores nas regiões Sul e Nordeste.

O envolvimento de crianças e adolescentes em atividade econômica apresentou diferenças regionais e diminuía conforme a idade avançava.

A região Sudeste foi a que deteve menor número de crianças trabalhando (8,6%), vindo em seguida a Centro-Oeste (10,5%). No outro extremo, ficou o Nordeste (15,9%), seguido pela região Sul (14,0%). O percentual na região Norte foi de 13,1%.

Apesar do aumento na ponta da série, o nível de trabalho infantil apresentou tendência de declínio em dez anos. De 2001 para 2005, a participação da parcela ocupada na faixa etária de 5 a 9 anos passou de 1,8% para 1,6%, na de 10 a 14 anos, de 11,6% para 10,3%, e na de 15 a 17 anos, de 31,5% para 30,3%. Em 1995, esses indicadores estavam, respectivamente, em 3,2%, 18,7% e 44,0%.

Em 2005, no contingente de crianças e adolescentes de 5 e 17 anos, 8,8% não freqüentavam escola. Na região Sudeste a taxa foi de 7,7%. Na região Norte, 12%.

O pior desempenho ocorre entre 5 e 6 anos.

As crianças que não freqüentavam escola representavam 18,5% no grupo etário de 5 ou 6 anos, com predominância de taxas maiores na região Norte (28,7%).

Já 18,3% de adolescentes de 15 a 17 anos estavam longe dos livros. Enquanto 2,7% dos jovens de 7 a 14 não compareciam às aulas.

Segundo o IBGE, a rede pública atende a maior parte dos alunos de 5 anos ou mais (80,8%), mas ainda está distante do ensino superior. Segundo a pesquisa, 25,9% dos estudantes do ensino superior disseram ter freqüentado a escola pública.

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