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20/09/2006
-
14h03
KAREN CAMACHO
da Folha Online
Os exportadores ganharam 3,6% mais no segundo trimestre deste ano na comparação com a média das vendas externas de 2000 a 2006, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). A alta, no entanto, é puxada por menos de um terço dos setores exportadores.
Em 2006, de acordo com estimativa da Fiesp, as exportações devem somar US$ 134 bilhões, 13,3% acima do acumulado no ano passado. O crescimento mundial das exportações deve ficar em 8,8%.
A curva crescente das vendas externas, no entanto, está desacelerando. De 2003 até o ano passado, as exportações cresceram a taxas acima de 20%.
A alta dos preços está sustentando as exportações e a tendência de aumento é verificada desde o início de 2003, mesma época em que o câmbio começa a se valorizar. Desde então, os preços subiram 38,5%.
Em reais, os preços estão 6,6% maiores do que a média do período de 1980 a 2006, condição superior da observada durante a década de 90, quando o preço ficou abaixo da média do período histórico.
Para o futuro, segundo Paulo Francini, diretor do departamento de economia da Fiesp, as exportações devem registrar desaceleração e apenas os setores em condições favoráveis historicamente devem aumentar as vendas externas.
A Fiesp também concluiu que o crescimento ocorre em bases frágeis e que os setores exportadores sobreviventes, em geral, tem baixa tecnologia e pequena participação no PIB e no emprego.
Setores
Dos 31 setores analisados pela Fiesp, sete estão em uma situação considerada favorável, 10 em condições não favoráveis, mas com margens de preços para sustentar as exportações, e 14 com mercadores externos não favoráveis e sem margens.
Entre os setores que apresentam resultados positivos está a indústria do açúcar, com crescimento de 33,7% acima da média, metalúrgica de não ferrosos (26,3%), café (25,7%), extrativa mineral (23,7%) e extração e refino de petróleo, com 18% cada.
Já entre os setores que estão em condição não favorável, mas com margem, a Fiesp listou siderurgia, com desvio de 8,3% acima da média e outros com resultados negativos, como calçados (-6,3%), borracha (-5%) e madeira.
Na linha abaixo de 10% de recuo em relação á média e que pode iniciar processo de redução das vendas externas estão equipamentos eletrônicos (-39,3%), automóveis (-0,2%), indústria têxtil (-14%), agropecuária (-14,7%) e plástico (-10,1%).
Empregos
Os setores que estão na linha considerada vermelha de exportações empregam 80,6% dos trabalhadores, cerca de 17,3 milhões. Já os que ainda têm margem para sustentar as vendas empregam 16,4% (3,5 milhões) e os setores que registram altas nas exportações empregam 3%, cerca de 650 mil.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre valorização do real
Exportações perdem fôlego, mas preços sobem 3,6%, diz pesquisa da Fiesp
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Os exportadores ganharam 3,6% mais no segundo trimestre deste ano na comparação com a média das vendas externas de 2000 a 2006, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). A alta, no entanto, é puxada por menos de um terço dos setores exportadores.
Em 2006, de acordo com estimativa da Fiesp, as exportações devem somar US$ 134 bilhões, 13,3% acima do acumulado no ano passado. O crescimento mundial das exportações deve ficar em 8,8%.
A curva crescente das vendas externas, no entanto, está desacelerando. De 2003 até o ano passado, as exportações cresceram a taxas acima de 20%.
A alta dos preços está sustentando as exportações e a tendência de aumento é verificada desde o início de 2003, mesma época em que o câmbio começa a se valorizar. Desde então, os preços subiram 38,5%.
Em reais, os preços estão 6,6% maiores do que a média do período de 1980 a 2006, condição superior da observada durante a década de 90, quando o preço ficou abaixo da média do período histórico.
Para o futuro, segundo Paulo Francini, diretor do departamento de economia da Fiesp, as exportações devem registrar desaceleração e apenas os setores em condições favoráveis historicamente devem aumentar as vendas externas.
A Fiesp também concluiu que o crescimento ocorre em bases frágeis e que os setores exportadores sobreviventes, em geral, tem baixa tecnologia e pequena participação no PIB e no emprego.
Setores
Dos 31 setores analisados pela Fiesp, sete estão em uma situação considerada favorável, 10 em condições não favoráveis, mas com margens de preços para sustentar as exportações, e 14 com mercadores externos não favoráveis e sem margens.
Entre os setores que apresentam resultados positivos está a indústria do açúcar, com crescimento de 33,7% acima da média, metalúrgica de não ferrosos (26,3%), café (25,7%), extrativa mineral (23,7%) e extração e refino de petróleo, com 18% cada.
Já entre os setores que estão em condição não favorável, mas com margem, a Fiesp listou siderurgia, com desvio de 8,3% acima da média e outros com resultados negativos, como calçados (-6,3%), borracha (-5%) e madeira.
Na linha abaixo de 10% de recuo em relação á média e que pode iniciar processo de redução das vendas externas estão equipamentos eletrônicos (-39,3%), automóveis (-0,2%), indústria têxtil (-14%), agropecuária (-14,7%) e plástico (-10,1%).
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Os setores que estão na linha considerada vermelha de exportações empregam 80,6% dos trabalhadores, cerca de 17,3 milhões. Já os que ainda têm margem para sustentar as vendas empregam 16,4% (3,5 milhões) e os setores que registram altas nas exportações empregam 3%, cerca de 650 mil.
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