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26/09/2006
-
19h44
da Folha Online
A greve de 24 horas desta terça envolveu cerca de 120 mil bancários em todo o país, segundo a Contraf-CUT. Entre os sindicatos que aderiram ao movimento estão os de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba.
"Atingimos nosso objetivo e demos um claro recado nesta greve de advertência contra a intransigência da Fenaban, que há quase dois meses
não apresenta uma contraproposta a nossas reivindicações, apresentadas no começo de agosto", disse Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
O sindicalista disse que espera outra postura nas negociações de amanhã entre funcionários e bancos. A greve de hoje aconteceu em todos os Estados brasileiros com exceção de Tocantins, Amazonas e Goiás, que não são filiados à Contraf.
De acordo com a central, em algumas agências a polícia foi chamada. O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Vinícius Assumpção, foi preso quando estava em atividade próximo ao Bradesco.
O Sindicato de São Paulo Osasco e Região informou que pararam cerca de 34 mil bancários em 279 agências. No Rio de Janeiro, cerca de 80% do centro financeiro parou. Brasília teve adesão nas agências e prédios administrativos.
Belo Horizonte teve paralisação na Caixa Federal, no Banco do Brasil e em bancos privados. No Rio Grande do Sul, foram 236 agências, incluindo as agências e prédios administrativos de Porto Alegre. Em Curitiba, houve paralisação do centro financeiro. No ABC paulista, 130 agências pararam.
Sem reajuste
Com a greve, os bancários querem pressionar os bancos a conceder reajuste salarial. Segundo o sindicato, após mais de 40 dias de negociação, não há proposta que preveja reajuste.
Os bancários reivindicam aumento real de 7,05%, além da reposição da inflação e participação maior nos lucros e resultados --de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500.
No ano passado, quando houve greve de seis dias, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e PLR (participação nos lucros e resultados) mínima de 80% do salário mais R$ 800.
Para tentar evitar a greve neste ano, a Fenaban chegou a acenar com a realização de uma nova rodada de negociações nesta quarta-feira, em local ainda a ser definido.
"A greve é indevida porque foi convocada com os sindicatos plenamente cientes da convocação de nova reunião amanhã", afirmou a Fenaban por meio de sua assessoria de imprensa.
Os bancários, entretanto, reclamam que a data-base da categoria é neste mês e que os bancos tiveram tempo suficiente para apresentar uma proposta que poderia evitar a paralisação.
"Marcar negociação não quer dizer apresentar proposta. Nas rodadas anteriores, os banqueiros tinham se comprometido a trazer proposta e não o fizeram", afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
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120 mil bancários fazem greve nacional por reajuste
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A greve de 24 horas desta terça envolveu cerca de 120 mil bancários em todo o país, segundo a Contraf-CUT. Entre os sindicatos que aderiram ao movimento estão os de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba.
"Atingimos nosso objetivo e demos um claro recado nesta greve de advertência contra a intransigência da Fenaban, que há quase dois meses
não apresenta uma contraproposta a nossas reivindicações, apresentadas no começo de agosto", disse Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
O sindicalista disse que espera outra postura nas negociações de amanhã entre funcionários e bancos. A greve de hoje aconteceu em todos os Estados brasileiros com exceção de Tocantins, Amazonas e Goiás, que não são filiados à Contraf.
De acordo com a central, em algumas agências a polícia foi chamada. O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Vinícius Assumpção, foi preso quando estava em atividade próximo ao Bradesco.
O Sindicato de São Paulo Osasco e Região informou que pararam cerca de 34 mil bancários em 279 agências. No Rio de Janeiro, cerca de 80% do centro financeiro parou. Brasília teve adesão nas agências e prédios administrativos.
Belo Horizonte teve paralisação na Caixa Federal, no Banco do Brasil e em bancos privados. No Rio Grande do Sul, foram 236 agências, incluindo as agências e prédios administrativos de Porto Alegre. Em Curitiba, houve paralisação do centro financeiro. No ABC paulista, 130 agências pararam.
Sem reajuste
Com a greve, os bancários querem pressionar os bancos a conceder reajuste salarial. Segundo o sindicato, após mais de 40 dias de negociação, não há proposta que preveja reajuste.
Os bancários reivindicam aumento real de 7,05%, além da reposição da inflação e participação maior nos lucros e resultados --de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500.
No ano passado, quando houve greve de seis dias, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e PLR (participação nos lucros e resultados) mínima de 80% do salário mais R$ 800.
Para tentar evitar a greve neste ano, a Fenaban chegou a acenar com a realização de uma nova rodada de negociações nesta quarta-feira, em local ainda a ser definido.
"A greve é indevida porque foi convocada com os sindicatos plenamente cientes da convocação de nova reunião amanhã", afirmou a Fenaban por meio de sua assessoria de imprensa.
Os bancários, entretanto, reclamam que a data-base da categoria é neste mês e que os bancos tiveram tempo suficiente para apresentar uma proposta que poderia evitar a paralisação.
"Marcar negociação não quer dizer apresentar proposta. Nas rodadas anteriores, os banqueiros tinham se comprometido a trazer proposta e não o fizeram", afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
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