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28/09/2006
-
08h53
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
A desaceleração da economia no segundo trimestre do ano fez o Banco Central revisar de 4% para 3,5% a projeção de crescimento para este ano, segundo o 'Relatório de Inflação', divulgado hoje. Além disso, a previsão de inflação de 2006 foi revista de 3,8% para 3,4%, abaixo da meta de 4,5% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
No final de agosto, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre foi de apenas 0,5% em relação aos três primeiros meses do ano.
Para a autoridade monetária, a melhora dos indicadores de consumo, como aumento da massa salarial e crédito, colaboraram para que a demanda interna respondesse pelo atual dinamismo da atividade econômica. O BC vê ainda a perspectiva de aumento da capacidade produtiva no país.
'Esse cenário se mostra sustentável para os próximos meses, levando-se em conta as perspectivas tanto para o comportamento da economia mundial quanto para os determinantes da absorção doméstica, como a evolução do emprego, da renda, do crédito e dos investimentos, esses estimulados pelo momento propício à aquisição de máquinas e equipamentos, pelo baixo patamar do risco-país, assim como pelas intenções de ampliação de capacidade produtiva', diz o documento.
Anteriormente, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, órgão ligado ao Ministério do Planejamento), já tinha revisado para baixo a previsão de crescimento da economia, passando de 3,8% para 3,3%. O mesmo ocorreu com a CNI (Confederação Nacional da Indústria),que reduziu a projeção de 3,5% para 2,9%.
Inflação
As previsões do BC para inflação levam em conta o chamado cenário de referência, que é uma taxa Selic estável em 14,25% até o final do ano e um dólar cotado a R$ 2,10.
Já no cenário de mercado, que trabalha com os dados da pesquisa feita semanalmente pelo BC junto a analistas do mercado financeiro, a previsão de inflação para 2006 foi revista de 4,3% para 3,5% e, para 2007, foi mantida em 5,2%.
'O comportamento dos preços nos últimos meses, bem como as expectativas quanto à sua evolução, evidenciam que parcela das incertezas relativas à trajetória da inflação está sendo progressivamente dissipada', diz o relatório.
Para o BC, o controle de preços, os superávits comercial e primário e a melhora do perfil da dívida interna fazem a economia brasileira mais resistente a choques externos.
'É importante observar que, após o substancial esforço de desinflação empreendido nos últimos anos, é natural, e consistente com a experiência internacional, que a taxa de inflação efetiva gravite em torno do valor central da meta. Dentro dessa nova realidade, o valor central da meta passa efetivamente a funcionar como o ponto de referência para o processo de formação de expectativas, e não, como aparentemente funcionou por algum tempo, apenas como limite inferior para o espectro dessas expectativas.'
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o PIB brasileiro
BC reduz de 4% para 3,5% expectativa de crescimento em 2006
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da Folha Online, em Brasília
A desaceleração da economia no segundo trimestre do ano fez o Banco Central revisar de 4% para 3,5% a projeção de crescimento para este ano, segundo o 'Relatório de Inflação', divulgado hoje. Além disso, a previsão de inflação de 2006 foi revista de 3,8% para 3,4%, abaixo da meta de 4,5% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
No final de agosto, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre foi de apenas 0,5% em relação aos três primeiros meses do ano.
Para a autoridade monetária, a melhora dos indicadores de consumo, como aumento da massa salarial e crédito, colaboraram para que a demanda interna respondesse pelo atual dinamismo da atividade econômica. O BC vê ainda a perspectiva de aumento da capacidade produtiva no país.
'Esse cenário se mostra sustentável para os próximos meses, levando-se em conta as perspectivas tanto para o comportamento da economia mundial quanto para os determinantes da absorção doméstica, como a evolução do emprego, da renda, do crédito e dos investimentos, esses estimulados pelo momento propício à aquisição de máquinas e equipamentos, pelo baixo patamar do risco-país, assim como pelas intenções de ampliação de capacidade produtiva', diz o documento.
Anteriormente, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, órgão ligado ao Ministério do Planejamento), já tinha revisado para baixo a previsão de crescimento da economia, passando de 3,8% para 3,3%. O mesmo ocorreu com a CNI (Confederação Nacional da Indústria),que reduziu a projeção de 3,5% para 2,9%.
Inflação
As previsões do BC para inflação levam em conta o chamado cenário de referência, que é uma taxa Selic estável em 14,25% até o final do ano e um dólar cotado a R$ 2,10.
Já no cenário de mercado, que trabalha com os dados da pesquisa feita semanalmente pelo BC junto a analistas do mercado financeiro, a previsão de inflação para 2006 foi revista de 4,3% para 3,5% e, para 2007, foi mantida em 5,2%.
'O comportamento dos preços nos últimos meses, bem como as expectativas quanto à sua evolução, evidenciam que parcela das incertezas relativas à trajetória da inflação está sendo progressivamente dissipada', diz o relatório.
Para o BC, o controle de preços, os superávits comercial e primário e a melhora do perfil da dívida interna fazem a economia brasileira mais resistente a choques externos.
'É importante observar que, após o substancial esforço de desinflação empreendido nos últimos anos, é natural, e consistente com a experiência internacional, que a taxa de inflação efetiva gravite em torno do valor central da meta. Dentro dessa nova realidade, o valor central da meta passa efetivamente a funcionar como o ponto de referência para o processo de formação de expectativas, e não, como aparentemente funcionou por algum tempo, apenas como limite inferior para o espectro dessas expectativas.'
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