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11/10/2006
-
10h33
BRUNO LIMA
da Folha de S.Paulo, de Buenos Aires
Contrariando as expectativas, o presidente argentino, Néstor Kirchner, conseguiu renovar os acordos que "congelam" os preços de cerca de 400 produtos considerados básicos nos supermercados argentinos. Os empresários se comprometeram a não fazer reajustes até o fim de 2007 --após as eleições presidenciais de outubro.
Dessa maneira, Kirchner, que aparece nas pesquisas com 80% de aprovação, assegurou uma de suas principais munições para a disputa eleitoral por seu segundo mandato.
Como a data das eleições precisa ser confirmada em decreto presidencial, a oposição chegou a acusar o governo de planejar secretamente a antecipação do pleito para março do ano que vem. Fazia sentido: entre os especialistas e dentro do governo, era grande a dúvida sobre se seria possível controlar a inflação até outubro de 2007.
Recentemente, Kirchner negou que tivesse qualquer projeto para antecipar a votação.
Com o acordo supermercadista, que existe desde dezembro de 2005, Kirchner conseguirá reduzir a percepção da inflação no carrinho de compras.
Amanhã, o governo se reúne com fornecedores de alimentos e bebidas. Os acordos também se estendem aos setores têxtil e de eletrodomésticos.
"Estamos trabalhando para dizer, se Deus quiser, ao povo argentino que termino o mandato em 10 de dezembro de 2007 e estaremos saindo do inferno", disse o presidente.
Outro dos trunfos que Kirchner pretende exibir quando chegarem as eleições se refere à dívida. A Argentina continua seguindo a estratégia de pagar primeiro aos organismos multilaterais, como o FMI (Fundo Monetário Internacional), deixando para o fim da fila os pequenos investidores. Pessoas ligadas ao governo dizem que a Argentina deve negociar no ano que vem os US$ 6 bilhões que deve ao Clube de Paris.
Críticas
O controle artificial da inflação e a pressão sobre as empresas são as principais críticas dos economistas à política econômica argentina, ao lado do peso desvalorizado e de restrições à importação e à exportação.
"A crise parece ter sido superada, mas será necessário fazer outro tipo de reforma para que a economia argentina se torne mais dinâmica", disse ontem Edmund Phelps, que anteontem recebeu o Prêmio Nobel de Economia e é casado com uma argentina. O economista também criticou o nível de corporativismo existente no país.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o congelamento de preços na Argentina
Presidente argentino renova acordo de controle de preço com empresas
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da Folha de S.Paulo, de Buenos Aires
Contrariando as expectativas, o presidente argentino, Néstor Kirchner, conseguiu renovar os acordos que "congelam" os preços de cerca de 400 produtos considerados básicos nos supermercados argentinos. Os empresários se comprometeram a não fazer reajustes até o fim de 2007 --após as eleições presidenciais de outubro.
Dessa maneira, Kirchner, que aparece nas pesquisas com 80% de aprovação, assegurou uma de suas principais munições para a disputa eleitoral por seu segundo mandato.
Como a data das eleições precisa ser confirmada em decreto presidencial, a oposição chegou a acusar o governo de planejar secretamente a antecipação do pleito para março do ano que vem. Fazia sentido: entre os especialistas e dentro do governo, era grande a dúvida sobre se seria possível controlar a inflação até outubro de 2007.
Recentemente, Kirchner negou que tivesse qualquer projeto para antecipar a votação.
Com o acordo supermercadista, que existe desde dezembro de 2005, Kirchner conseguirá reduzir a percepção da inflação no carrinho de compras.
Amanhã, o governo se reúne com fornecedores de alimentos e bebidas. Os acordos também se estendem aos setores têxtil e de eletrodomésticos.
"Estamos trabalhando para dizer, se Deus quiser, ao povo argentino que termino o mandato em 10 de dezembro de 2007 e estaremos saindo do inferno", disse o presidente.
Outro dos trunfos que Kirchner pretende exibir quando chegarem as eleições se refere à dívida. A Argentina continua seguindo a estratégia de pagar primeiro aos organismos multilaterais, como o FMI (Fundo Monetário Internacional), deixando para o fim da fila os pequenos investidores. Pessoas ligadas ao governo dizem que a Argentina deve negociar no ano que vem os US$ 6 bilhões que deve ao Clube de Paris.
Críticas
O controle artificial da inflação e a pressão sobre as empresas são as principais críticas dos economistas à política econômica argentina, ao lado do peso desvalorizado e de restrições à importação e à exportação.
"A crise parece ter sido superada, mas será necessário fazer outro tipo de reforma para que a economia argentina se torne mais dinâmica", disse ontem Edmund Phelps, que anteontem recebeu o Prêmio Nobel de Economia e é casado com uma argentina. O economista também criticou o nível de corporativismo existente no país.
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