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28/10/2006
-
21h15
da Folha Online
O Ministério de Minas e Energia anunciou hoje que a Petrobras conseguiu chegar a um acordo com a Bolívia sobre as condições para a atuação da empresa e o fornecimento de gás ao Brasil.
Segundo a assessoria de imprensa do ministério, a Petrobras continuará a explorar as reservas de gás de San Alberto e San Antonio, os principais campos de produção do país vizinho.
O ministério informou, no entanto, não ter mais detalhes sobre o acordo. O presidente da Bolívia, Evo Morales, e o presidente da Petrobras no país vizinho, José Fernando de Freitas, concederão uma entrevista ainda nesta noite para detalhar o contrato firmado.
Em entrevista à GloboNews, o presidente da Petrobras, José Sérgio Grabrielli, disse que o acordo envolve as condições para a exploração e produção de gás no país vizinho, mas não estabelece preços.
Já Morales comemorou o acordo. "Seremos um país desenvolvido, um país pequeno, mas temos dignidade e aqui está nossa obrigação, de nacionalizar o orgulho e a dignidade dos bolivianos", afirmou em discurso.
Durante o dia, chegou-se a especular que o prazo final para o acordo, que se encerraria à meia-noite, não seria suficiente, o que colocaria em risco a permanência da empresa no país vizinho.
Segundo a Agência Boliviana de Informação, a Petrobras chegou a pedir um prazo adicional de 20 dias parar negociar novos contratos de exploração de gás.
O ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, foi bastante duro e disse a uma rádio local que o governo boliviano não é 'fantoche' e não renuncia ao controle de seus recursos naturais.
'Tomara que a Petrobras entenda, tomara que os executivos da Petrobras compreendam que já não estão no reino das anomalias, que já não estão negociando com governos fantoches, que não estão frente a governos que renunciaram ao exercício de seus recursos naturais', afirmou Quintana.
Segundo o decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos assinado no dia 1º de maio pelo presidente Evo Morales (Bolívia), os novos contratos deveriam ser assinados até hoje com dez empresas petrolíferas instaladas no país. Até o momento, entretanto, só a francesa Total e a americana Vintage já assinaram.
Executivos da Petrobras estiveram reunidos nos últimos dias com autoridades do Ministério dos Hidrocarbonetos e da estatal de energia YPFB em La Paz, mas os detalhes das conversas permaneceram em sigilo.
Hoje o presidente Evo Morales havia reconhecido que a negociação com a Bolívia era 'complexa' e 'difícil', mas 'não impossível', e pediu compreensão à empresa brasileira.
Ontem, durante a assinatura dos contratos com a Total e a Vintage, Morales afirmou que as demais empresas tinham 'algumas horas, alguns dias para cumprir com as nossas normas'.
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O Ministério de Minas e Energia anunciou hoje que a Petrobras conseguiu chegar a um acordo com a Bolívia sobre as condições para a atuação da empresa e o fornecimento de gás ao Brasil.
Segundo a assessoria de imprensa do ministério, a Petrobras continuará a explorar as reservas de gás de San Alberto e San Antonio, os principais campos de produção do país vizinho.
O ministério informou, no entanto, não ter mais detalhes sobre o acordo. O presidente da Bolívia, Evo Morales, e o presidente da Petrobras no país vizinho, José Fernando de Freitas, concederão uma entrevista ainda nesta noite para detalhar o contrato firmado.
Em entrevista à GloboNews, o presidente da Petrobras, José Sérgio Grabrielli, disse que o acordo envolve as condições para a exploração e produção de gás no país vizinho, mas não estabelece preços.
Já Morales comemorou o acordo. "Seremos um país desenvolvido, um país pequeno, mas temos dignidade e aqui está nossa obrigação, de nacionalizar o orgulho e a dignidade dos bolivianos", afirmou em discurso.
Durante o dia, chegou-se a especular que o prazo final para o acordo, que se encerraria à meia-noite, não seria suficiente, o que colocaria em risco a permanência da empresa no país vizinho.
Segundo a Agência Boliviana de Informação, a Petrobras chegou a pedir um prazo adicional de 20 dias parar negociar novos contratos de exploração de gás.
O ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, foi bastante duro e disse a uma rádio local que o governo boliviano não é 'fantoche' e não renuncia ao controle de seus recursos naturais.
'Tomara que a Petrobras entenda, tomara que os executivos da Petrobras compreendam que já não estão no reino das anomalias, que já não estão negociando com governos fantoches, que não estão frente a governos que renunciaram ao exercício de seus recursos naturais', afirmou Quintana.
Segundo o decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos assinado no dia 1º de maio pelo presidente Evo Morales (Bolívia), os novos contratos deveriam ser assinados até hoje com dez empresas petrolíferas instaladas no país. Até o momento, entretanto, só a francesa Total e a americana Vintage já assinaram.
Executivos da Petrobras estiveram reunidos nos últimos dias com autoridades do Ministério dos Hidrocarbonetos e da estatal de energia YPFB em La Paz, mas os detalhes das conversas permaneceram em sigilo.
Hoje o presidente Evo Morales havia reconhecido que a negociação com a Bolívia era 'complexa' e 'difícil', mas 'não impossível', e pediu compreensão à empresa brasileira.
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