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29/11/2006 - 08h02

Até 12 mil produtores devem abandonar fumicultura no Sul

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Colaboração para a Folha Online

Entre 9.000 e 12.000 produtores rurais do Sul do país deverão deixar a fumicultura na safra 2006/2007. A previsão é da Afubra (Associação dos Fumicultores do Brasil) e do Sindifumo (Sindicato da Indústria do Fumo), que representam os produtores e a indústria fumageira, respectivamente.

Segundo o vice-presidente da Afubra, Heitor Álvaro Petry, os estoques mundiais de fumo escuro estão muito altos, o que afeta os produtores do tipo Burley, um dos mais escuros.

Juliana Laurino/Folha Imagem
O produtor de fumo Fábio Morsch faz a classificação das folhas de fumo já secas, Santa Cruz do Sul
O produtor de fumo Fábio Morsch faz a classificação das folhas de fumo já secas, Santa Cruz do Sul
A região sofreu também com queda do dólar e condições climáticas desfavoráveis dos dois últimos anos --excesso de chuva seguido de seca--, que reduziram a qualidade do produto.

Ainda assim, de acordo com a Afubra, o valor bruto da safra deve ser superior ao de 2005/ 2006 (R$ 3,19 bilhões), por causa da melhor qualidade proporcionada pelo clima favorável.

De acordo com o Sindifumo, a produção no Sul irá alcançar 715 mil toneladas (15% a menos do que a safra anterior), em 354 mil ha. O número de famílias envolvidas deve cair 6,6%, de 196.144 mil para 184 mil.

Mercado externo

Em relação às exportações, a expectativa do Sindifumo é que o valor continue igual ao do ano anterior, ou seja, US$ 1,7 bilhão, apesar da provável queda na quantidade do produto vendido ao exterior --de 610 mil toneladas para 550 mil toneladas.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a exportação do fumo em folhas até setembro deste ano somou R$ 1,3 bilhão, o que coloca o item em 20º lugar no ranking de produtos brasileiros exportados que mais geraram receitas.

O número mantém o Brasil como o maior exportador mundial do fumo, seguido por EUA, China e Maláui --85% da produção de fumo é exportada.

A questão cambial gerou impasses entre os produtores e a indústria do setor. Segundo as entidades que os representam, as divergências fizeram com que eles não conseguissem chegar a um acordo sobre o preço do fumo nos últimos dois anos.

"A indústria repassa para os produtores o que eles deixam de ganhar", queixa-se o vice-presidente da Afubra. Em 2004/2005, o preço médio do fumo foi R$ 4,33/kg, valor 4,2% menor que o de 2005/2006, segundo a entidade.

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