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29/11/2006
-
17h52
FERNANDA CRANCIANINOV
da Folha Online
A maior operadora de celular do país, a Vivo, reafirmou sua disposição de compartilhar antenas de sinal de telefonia móvel com outras operadoras. A iniciativa representaria um esforço para melhorar a cobertura nacional do setor e minimizar os custos das operações.
O presidente da Vivo, Roberto de Oliveira Lima, utiliza sua experiência no mercado de cartões de crédito, anterior à de telefonia móvel, para ilustrar as vantagens da iniciativa. "Em 1994, cada operadora de cartão tinha a sua própria rede nos estabelecimentos. Hoje, já estão unificadas".
Lima afirma que qualquer investimento, no Brasil, demanda um alto custo, o qual poderia ser amenizado com o compartilhamento de infra-estrutura entre as operadoras. "As empresas têm se mostrado dispostas à discussão, ainda que não oficialmente. Ganharíamos em investimentos e em operações."
A idéia de uma série de máquinas de cartões enfileiradas, uma ao lado da outra, é utilizada pelo presidente da Vivo como uma analogia ao setor de telefonia. "Imagine uma série de antenas, uma ao lado da outra. Em grandes centros, cujo aproveitamento é quase pleno, é vantajoso, mas não se justifica em pequenos municípios."
Expansão
Segundo o estudo "Perfil do Consumidor Brasileiro de Telefonia Celular" apresentado hoje --reunindo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e indicadores de mercado da Vivo--, 45% dos municípios brasileiros não têm cobertura do serviço, representando 15% da população.
Segundo o presidente da companhia, a Vivo estaria disposta a investir na expansão de sua cobertura, desembolsando R$ 700 milhões para chegar a demais Estados brasileiros. Atualmente, a maior empresa de telefonia móvel do país não cobre os Estados de Minas Gerais e outros seis no Nordeste.
Desde 1998, o setor de telefonia móvel vem crescendo no país sem incentivos fiscais ou subsídios do governo. "As próprias operadoras têm subsidiado o setor, com a venda de aparelhos a preços inferiores aos de compra", afirma Lima. "O setor cumpriu um papel social [de inclusão digital] e tem direito ao retorno." Apesar de significativos crescimentos, o setor de telefonia móvel ainda convive com saldos negativos.
Como uma resposta aos seus acionistas, Lima acredita que, para que gerar lucro, é necessário a adoção de uma política de ruptura. Uma das soluções seria dividir os custos de investimentos e de operação com o compartilhamento das redes entre operadoras, abrindo margem ao desenvolvimento da telefonia móvel em todo o país.
"Acredito que a Anatel não se mostraria contra à iniciativa; seria um acordo entre empresas privadas, que não demandaria grandes mudanças."
Sobre a possível união das concorrentes TIM e Claro, o presidente da Vivo sai pela tangente, defendendo que "ter o maior 'market share' [fatia de mercado] não significa ser líder do mercado".
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Vivo reafirma estar disposta a compartilhar antenas de telefonia móvel
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da Folha Online
A maior operadora de celular do país, a Vivo, reafirmou sua disposição de compartilhar antenas de sinal de telefonia móvel com outras operadoras. A iniciativa representaria um esforço para melhorar a cobertura nacional do setor e minimizar os custos das operações.
O presidente da Vivo, Roberto de Oliveira Lima, utiliza sua experiência no mercado de cartões de crédito, anterior à de telefonia móvel, para ilustrar as vantagens da iniciativa. "Em 1994, cada operadora de cartão tinha a sua própria rede nos estabelecimentos. Hoje, já estão unificadas".
Lima afirma que qualquer investimento, no Brasil, demanda um alto custo, o qual poderia ser amenizado com o compartilhamento de infra-estrutura entre as operadoras. "As empresas têm se mostrado dispostas à discussão, ainda que não oficialmente. Ganharíamos em investimentos e em operações."
A idéia de uma série de máquinas de cartões enfileiradas, uma ao lado da outra, é utilizada pelo presidente da Vivo como uma analogia ao setor de telefonia. "Imagine uma série de antenas, uma ao lado da outra. Em grandes centros, cujo aproveitamento é quase pleno, é vantajoso, mas não se justifica em pequenos municípios."
Expansão
Segundo o estudo "Perfil do Consumidor Brasileiro de Telefonia Celular" apresentado hoje --reunindo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e indicadores de mercado da Vivo--, 45% dos municípios brasileiros não têm cobertura do serviço, representando 15% da população.
Segundo o presidente da companhia, a Vivo estaria disposta a investir na expansão de sua cobertura, desembolsando R$ 700 milhões para chegar a demais Estados brasileiros. Atualmente, a maior empresa de telefonia móvel do país não cobre os Estados de Minas Gerais e outros seis no Nordeste.
Desde 1998, o setor de telefonia móvel vem crescendo no país sem incentivos fiscais ou subsídios do governo. "As próprias operadoras têm subsidiado o setor, com a venda de aparelhos a preços inferiores aos de compra", afirma Lima. "O setor cumpriu um papel social [de inclusão digital] e tem direito ao retorno." Apesar de significativos crescimentos, o setor de telefonia móvel ainda convive com saldos negativos.
Como uma resposta aos seus acionistas, Lima acredita que, para que gerar lucro, é necessário a adoção de uma política de ruptura. Uma das soluções seria dividir os custos de investimentos e de operação com o compartilhamento das redes entre operadoras, abrindo margem ao desenvolvimento da telefonia móvel em todo o país.
"Acredito que a Anatel não se mostraria contra à iniciativa; seria um acordo entre empresas privadas, que não demandaria grandes mudanças."
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