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12/12/2006
-
09h18
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Rossano Maranhão é o segundo presidente do BB a deixar o cargo sem conseguir reverter o aparelhamento político do banco. Ao negociar sua efetivação no cargo de presidente no início do ano passado, a condição acertada com o então ministro Antonio Palocci (Fazenda) era substituir "os petistas de carteirinha" que estavam lotados na cúpula do BB.
Logo que assumiu, dois vice-presidentes foram trocados: Edson Monteiro, da área de Varejo --petista e desafeto pessoal de Maranhão-- e Luiz Eduardo Franco Abreu, de Finanças. Meses depois, saiu Henrique Pizzolato, o todo-poderoso diretor de marketing. Ele é tido como o grande responsável pelo pedido de demissão do antecessor de Maranhão no cargo, Cassio Casseb. Apesar de ter ligação com o PT, Casseb tentou impor uma administração mais independente, mas perdeu a queda de braço com Pizzolato.
Mesmo desgastado pelo escândalo da compra de ingressos para o show de Zezé Di Carmargo e Luciano, cuja renda se destinaria à construção da sede do PT, Pizzolato foi mantido no cargo. Casseb que havia pedido sua cabeça, acabou pedindo demissão. Pizzolato só caiu sete meses depois, quando veio a público seu envolvimento no escândalo de desvio de recursos para as empresas do publicitário Marcos Valério. Ele e Maranhão tiveram uma discussão dura e quase se agrediram.
Outro problema foram as denúncias de irregularidades na Cobra, subsidiária da área de tecnologia do BB. O vice-presidente da área de tecnologia, José Luiz de Cerqueira César, também petista,deixou o cargo. Mas Maranhão nunca deu transparência ao resultado das auditorias que ele mesmo determinou.
Neste ano, novo problema com petistas e o BB -o diretor da área de risco, Expedito Veloso, ligado ao vice-presidente Adézio de Almeida Lima (Crédito e Risco), estava diretamente envolvido na montagem do dossiê contra políticos tucanos em plena campanha eleitoral.
A saída de Maranhão começou a ser acertada logo após ter chegado à cúpula do banco a primeira parte das investigações feitas contra Veloso pela área de auditoria do BB, há pouco mais de um mês.
A amigos, ele dizia já há algum tempo estar cansado de "remar contra a maré". As especulações sobre sua demissão aumentaram nas últimas semanas, e durante jantar na Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), na semana passada, do qual participou o ministro Guido Mantega, já comentava-se que Lima Neto ocuparia interinamente a presidência.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Banco do Brasil
Presidente é segundo que falha contra aparelhamento
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Rossano Maranhão é o segundo presidente do BB a deixar o cargo sem conseguir reverter o aparelhamento político do banco. Ao negociar sua efetivação no cargo de presidente no início do ano passado, a condição acertada com o então ministro Antonio Palocci (Fazenda) era substituir "os petistas de carteirinha" que estavam lotados na cúpula do BB.
Logo que assumiu, dois vice-presidentes foram trocados: Edson Monteiro, da área de Varejo --petista e desafeto pessoal de Maranhão-- e Luiz Eduardo Franco Abreu, de Finanças. Meses depois, saiu Henrique Pizzolato, o todo-poderoso diretor de marketing. Ele é tido como o grande responsável pelo pedido de demissão do antecessor de Maranhão no cargo, Cassio Casseb. Apesar de ter ligação com o PT, Casseb tentou impor uma administração mais independente, mas perdeu a queda de braço com Pizzolato.
Mesmo desgastado pelo escândalo da compra de ingressos para o show de Zezé Di Carmargo e Luciano, cuja renda se destinaria à construção da sede do PT, Pizzolato foi mantido no cargo. Casseb que havia pedido sua cabeça, acabou pedindo demissão. Pizzolato só caiu sete meses depois, quando veio a público seu envolvimento no escândalo de desvio de recursos para as empresas do publicitário Marcos Valério. Ele e Maranhão tiveram uma discussão dura e quase se agrediram.
Outro problema foram as denúncias de irregularidades na Cobra, subsidiária da área de tecnologia do BB. O vice-presidente da área de tecnologia, José Luiz de Cerqueira César, também petista,deixou o cargo. Mas Maranhão nunca deu transparência ao resultado das auditorias que ele mesmo determinou.
Neste ano, novo problema com petistas e o BB -o diretor da área de risco, Expedito Veloso, ligado ao vice-presidente Adézio de Almeida Lima (Crédito e Risco), estava diretamente envolvido na montagem do dossiê contra políticos tucanos em plena campanha eleitoral.
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