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15/12/2006
-
09h42
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
da Folha de S.Paulo, em Nova York
A Comissão Internacional de Comércio Exterior dos EUA suspendeu ontem as tarifas de importação sobre dois tipos de aço do Brasil e de mais dez países. A medida desagradou à indústria siderúrgica doméstica, que vê concorrência desleal no setor. O governo afirma que não haverá prejuízo aos fabricantes norte-americanos.
A isenção incidirá sobre chapas grossas, largamente empregada na indústria automotiva, de Brasil, Alemanha, Bélgica, Espanha, Finlândia, México, Polônia, Reino Unido, Romênia, Suécia e Taiwan. A comissão aprovou ainda a suspensão de tarifas sobre aço resistente à corrosão cobradas desde 1993 de Austrália, Canadá, França e Japão, mas negou o benefício à Alemanha e à Coréia do Sul.
O pedido foi feito pelas montadoras Ford, General Motors, DaimlerChrysler, Honda, Nissan e Toyota. As empresas dizem ter sido forçadas a pagar US$ 3 bilhões desde 2004 devido a preços inflados artificialmente no mercado americano.
As siderúrgicas argumentam que precisam das tarifas para se recuperar da 'crise desastrosa dos anos 1990 e início dos anos 2000', quando a competição internacional derrubou o preço do aço nos EUA. Entre 1997 e 2004, 45 siderúrgicas faliram --40% do total nos EUA-- e cerca de 85 mil trabalhadores perderam o emprego em seis Estados. As discussões envolvem tarifas conhecidas como antidumping e compensatórias sobre o aço. A cada cinco anos a comissão decide se a revogação prejudica fabricantes dos EUA.
Os impactos nas exportações brasileiras ainda não podem ser mensurados em números, na opinião do vice-presidente do IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia), Marco Polo de Mello Lopes. 'Mas é um item muito importante da nossa pauta de exportações.' Segundo Lopes, a partir de 1993 as sobretaxas cumulativas inviabilizaram as exportações de chapas grossas aos EUA. 'O que ficou foi meramente residual.' O Grupo Gerdau informou, por assessoria de imprensa, que está analisando o tema.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre taxas de importação
EUA suspendem taxa de importação de aço brasileiro
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da Folha de S.Paulo, em Nova York
A Comissão Internacional de Comércio Exterior dos EUA suspendeu ontem as tarifas de importação sobre dois tipos de aço do Brasil e de mais dez países. A medida desagradou à indústria siderúrgica doméstica, que vê concorrência desleal no setor. O governo afirma que não haverá prejuízo aos fabricantes norte-americanos.
A isenção incidirá sobre chapas grossas, largamente empregada na indústria automotiva, de Brasil, Alemanha, Bélgica, Espanha, Finlândia, México, Polônia, Reino Unido, Romênia, Suécia e Taiwan. A comissão aprovou ainda a suspensão de tarifas sobre aço resistente à corrosão cobradas desde 1993 de Austrália, Canadá, França e Japão, mas negou o benefício à Alemanha e à Coréia do Sul.
O pedido foi feito pelas montadoras Ford, General Motors, DaimlerChrysler, Honda, Nissan e Toyota. As empresas dizem ter sido forçadas a pagar US$ 3 bilhões desde 2004 devido a preços inflados artificialmente no mercado americano.
As siderúrgicas argumentam que precisam das tarifas para se recuperar da 'crise desastrosa dos anos 1990 e início dos anos 2000', quando a competição internacional derrubou o preço do aço nos EUA. Entre 1997 e 2004, 45 siderúrgicas faliram --40% do total nos EUA-- e cerca de 85 mil trabalhadores perderam o emprego em seis Estados. As discussões envolvem tarifas conhecidas como antidumping e compensatórias sobre o aço. A cada cinco anos a comissão decide se a revogação prejudica fabricantes dos EUA.
Os impactos nas exportações brasileiras ainda não podem ser mensurados em números, na opinião do vice-presidente do IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia), Marco Polo de Mello Lopes. 'Mas é um item muito importante da nossa pauta de exportações.' Segundo Lopes, a partir de 1993 as sobretaxas cumulativas inviabilizaram as exportações de chapas grossas aos EUA. 'O que ficou foi meramente residual.' O Grupo Gerdau informou, por assessoria de imprensa, que está analisando o tema.
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