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20/12/2006
-
08h53
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O Banco Central espera que a economia brasileira tenha um crescimento de 3,8% no próximo ano, estimativa abaixo do desempenho desejado pelo presidente Lula (5%). Além disso, a projeção de aumento do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano foi revisada de 3,5% para 3%. Os dados fazem parte do "Relatório de Inflação", divulgado nesta quarta-feira.
Já a previsão de inflação foi revista de 3,4% para 3,1% neste ano e de 4,3% para 3,9% em 2007. Nos dois anos, a meta é de inflação de 4,5% pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
No final de novembro, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre cresceu apenas 0,5% em relação ao trimestre anterior. Com o desempenho ruim desse período, o BC precisou revisar para baixo a expectativa de crescimento.
Nos últimos três meses do ano, o crescimento deve ser um pouco maior.
"O aumento da massa salarial, o processo de flexibilização da política monetária e a expansão do crédito, entre outros fatores, impulsionaram o volume de vendas do comércio varejista no terceiro trimestre. (...) Esse crescimento não impactou, com a mesma intensidade a produção do trimestre,mas favorece as expectativas de aceleração do crescimento, conforme antecipam os primeiros indicadores referentes ao quarto trimestre de 2006.", diz o relatório.
Anteriormente, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, órgão ligado ao Ministério do Planejamento), já tinha revisado para baixo a previsão de crescimento da economia para 2,8% neste ano. Já a expectativa do Ministério da Fazenda é que o PIB tenha um aumento de 3,2%. A menor estimativa é a dos analistas de mercado, de 2,76%.
O governo irá anunciar, provavelmente amanhã, uma série de medidas nas áreas fiscal e tributária para tentar alavancar o crescimento da economia. No entanto, elas podem não ser suficientes para atender ao desejo do presidente Lula, que é de um crescimento em torno de 5% ao ano a partir de 2007.
Inflação
As previsões do BC para inflação levam em conta o chamado cenário de referência, que é uma taxa Selic estável em 13,25% e um dólar cotado a R$ 2,15.
Já no cenário de mercado, que trabalha com os dados da pesquisa feita semanalmente pelo BC junto a analistas do mercado financeiro, a previsão de inflação para 2006 foi revista de 3,5% para 3,1% e, para 2007, foi reduzida de 5,2% para 4,3%.
Para o BC, o controle de preços, os superávits comercial e primário e a melhora do perfil da dívida interna fazem a economia brasileira mais resistente a choques externos.
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Especial
Leia o que já foi publicado sobre o relatório de inflação
BC prevê crescimento de 3,8% para 2007
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da Folha Online, em Brasília
O Banco Central espera que a economia brasileira tenha um crescimento de 3,8% no próximo ano, estimativa abaixo do desempenho desejado pelo presidente Lula (5%). Além disso, a projeção de aumento do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano foi revisada de 3,5% para 3%. Os dados fazem parte do "Relatório de Inflação", divulgado nesta quarta-feira.
Já a previsão de inflação foi revista de 3,4% para 3,1% neste ano e de 4,3% para 3,9% em 2007. Nos dois anos, a meta é de inflação de 4,5% pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
No final de novembro, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre cresceu apenas 0,5% em relação ao trimestre anterior. Com o desempenho ruim desse período, o BC precisou revisar para baixo a expectativa de crescimento.
Nos últimos três meses do ano, o crescimento deve ser um pouco maior.
"O aumento da massa salarial, o processo de flexibilização da política monetária e a expansão do crédito, entre outros fatores, impulsionaram o volume de vendas do comércio varejista no terceiro trimestre. (...) Esse crescimento não impactou, com a mesma intensidade a produção do trimestre,mas favorece as expectativas de aceleração do crescimento, conforme antecipam os primeiros indicadores referentes ao quarto trimestre de 2006.", diz o relatório.
Anteriormente, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, órgão ligado ao Ministério do Planejamento), já tinha revisado para baixo a previsão de crescimento da economia para 2,8% neste ano. Já a expectativa do Ministério da Fazenda é que o PIB tenha um aumento de 3,2%. A menor estimativa é a dos analistas de mercado, de 2,76%.
O governo irá anunciar, provavelmente amanhã, uma série de medidas nas áreas fiscal e tributária para tentar alavancar o crescimento da economia. No entanto, elas podem não ser suficientes para atender ao desejo do presidente Lula, que é de um crescimento em torno de 5% ao ano a partir de 2007.
Inflação
As previsões do BC para inflação levam em conta o chamado cenário de referência, que é uma taxa Selic estável em 13,25% e um dólar cotado a R$ 2,15.
Já no cenário de mercado, que trabalha com os dados da pesquisa feita semanalmente pelo BC junto a analistas do mercado financeiro, a previsão de inflação para 2006 foi revista de 3,5% para 3,1% e, para 2007, foi reduzida de 5,2% para 4,3%.
Para o BC, o controle de preços, os superávits comercial e primário e a melhora do perfil da dívida interna fazem a economia brasileira mais resistente a choques externos.
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