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20/12/2006 - 15h58

Mantega rejeita salário mínimo de R$ 380 e defende R$ 367

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

O ministro Guido Mantega (Fazenda) rejeitou hoje a proposta de elevação do salário mínimo dos atuais R$ 350 para R$ 380 a partir de março de 2007 conforme havia sido acertado em reunião encerrada nesta madrugada entre representantes de centrais sindicais e os ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Nelson Machado (Previdência).

Mantega disse que a decisão final caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas voltou a defender que o reajuste seja para apenas R$ 367. Essa alta de 4,85% seria equivalente à inflação acumulada no período mais a variação do PIB per capita.

Ele disse que o acordo fechado nesta madrugada inclui apenas a reivindicações das centrais, mas não é a decisão do governo.

"Mesmo se fosse a variação do PIB nominal [e não PIB per capita] não daria esse valor de R$ 380. Vamos falar com o ministro Marinho para ver sua avaliação e ver se isso pode ser acomodado", disse Mantega.

Ontem Marinho havia afirmado que tinha o aval da equipe econômica para o aumento de R$ 375. Tanto ele quanto Mantega devem se reunir hoje com Lula para fechar o novo valor do mínimo porque esse número deve ser incluído na proposta de Orçamento que provavelmente será votada até amanhã no Congresso.

O relator do Orçamento, Valdir Raupp (PMDB-RO), planejava incluir no projeto um aumento para R$ 375 --já houve acordo no Congresso para esse valor, mas ainda não houve votação.

Outro ponto divergente é a correção da tabela do IR. Raupp havia acertado com a equipe econômica uma correção de 3% neste ano. Esse percentual chegou a ser aprovado pela Câmara e Mantega disse que Lula vetaria um eventual aumento no Senado.

Ontem, no entanto, Marinho, Machado e as centrais fecharam um acordo para a correção de 4,6%.

A proposta acertada com os sindicatos também prevê que o reajuste do salário mínimo será antecipado em um mês a cada ano até que seja concedido em janeiro, no ano de 2010.

Eles também definiram também uma política permanente de valorização do salário mínimo. Até 2010 o mínimo seria reajustado com base na inflação mais o PIB (Produto Interno Bruto).

No início das negociações, as centrais sindicais reivindicavam o reajuste do mínimo para R$ 420, um aumento de 20%, e a correção da tabela em 7,7%.

Nas contas do Executivo, a cada R$ 1 de reajuste no mínimo, o governo tem um gasto entre R$ 190 milhões e R$ 200 milhões ao ano.

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