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04/01/2007
-
09h28
SANDRA BALBI
da Folha de S.Paulo
As famílias com filhos pequenos, de até cinco anos de idade, são as que mais estouram o orçamento doméstico. Elas gastaram 5% a mais do que arrecadaram, superando a média nacional de endividamento, que foi de 3%, segundo pesquisa realizada pela LatinPanel sobre consumo das famílias em 2005.
"Houve um enriquecimento do consumo nesses lares com produtos novos, como alimentos prontos e artigos de higiene para as crianças", diz Antonio Carlos Perrella, gerente de atendimento da empresa. A maior oferta de crédito ajudou os chefes dessas famílias a cobrir o déficit mensal, segundo ele, financiando compras em supermercados ou apelando para o crédito consignado.
As famílias com filhos de até cinco anos de idade representam 19% dos lares brasileiros e respondem por 23% do consumo nacional --o maior estrato da população. O que puxou os seus gastos foram despesas com fraldas, xampus, sabonetes e colônias, que ficaram 10% acima dos gastos com higiene da média da população. Também gastaram mais do que a média geral da população com alimentos (+4%) e com vestuário (+2%).
A renda média mensal desse contingente da população em 2005 foi de R$ 1.244, contra gastos de R$ 1.309 --36% dessas despesas foram destinados a bens não-duráveis. As classes C, D e E são a origem de 78% dessas famílias, principalmente devido ao peso que tem o Nordeste, onde os casais têm um número maior de filhos pequenos, segundo Perrella.
Pré-adolescentes
Ter filhos pré-adolescentes (de seis a 12 anos) também conturba as finanças domésticas. "Nessa faixa etária os gastos com vestuário pesam mais porque as crianças têm gostos próprios, buscam acompanhar modismos e perdem roupas e calçados rapidamente, pois estão em fase de crescimento", observa Perrella.
O nível de endividamento das famílias com filhos nessa faixa etária ficou em 4,3%. A renda média média mensal foi de R$ 1.405 e o gasto, de R$ 1.469. O que pesou mais no desequilíbrio das contas domésticas nesses lares foram os gastos com vestuário, que ficaram 44% acima da média nacional.
"Esse grupo também gasta muito com guloseimas: biscoitos, salgadinhos, bolos e sucos estiveram com freqüência na mesa", conta Perrela. As despesas com bens não-duráveis consumiram 34% do orçamento dessas famílias.
Já para quem tem filhos adolescentes (13 a 17 anos), o maior peso no orçamento é educação --esse gasto ficou 44% acima da média nacional. Mas essas famílias estão dentro da média de endividamento geral, de 3%.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre endividamento do consumidor
Famílias com filho pequeno são as mais endividadas
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da Folha de S.Paulo
As famílias com filhos pequenos, de até cinco anos de idade, são as que mais estouram o orçamento doméstico. Elas gastaram 5% a mais do que arrecadaram, superando a média nacional de endividamento, que foi de 3%, segundo pesquisa realizada pela LatinPanel sobre consumo das famílias em 2005.
"Houve um enriquecimento do consumo nesses lares com produtos novos, como alimentos prontos e artigos de higiene para as crianças", diz Antonio Carlos Perrella, gerente de atendimento da empresa. A maior oferta de crédito ajudou os chefes dessas famílias a cobrir o déficit mensal, segundo ele, financiando compras em supermercados ou apelando para o crédito consignado.
As famílias com filhos de até cinco anos de idade representam 19% dos lares brasileiros e respondem por 23% do consumo nacional --o maior estrato da população. O que puxou os seus gastos foram despesas com fraldas, xampus, sabonetes e colônias, que ficaram 10% acima dos gastos com higiene da média da população. Também gastaram mais do que a média geral da população com alimentos (+4%) e com vestuário (+2%).
A renda média mensal desse contingente da população em 2005 foi de R$ 1.244, contra gastos de R$ 1.309 --36% dessas despesas foram destinados a bens não-duráveis. As classes C, D e E são a origem de 78% dessas famílias, principalmente devido ao peso que tem o Nordeste, onde os casais têm um número maior de filhos pequenos, segundo Perrella.
Pré-adolescentes
Ter filhos pré-adolescentes (de seis a 12 anos) também conturba as finanças domésticas. "Nessa faixa etária os gastos com vestuário pesam mais porque as crianças têm gostos próprios, buscam acompanhar modismos e perdem roupas e calçados rapidamente, pois estão em fase de crescimento", observa Perrella.
O nível de endividamento das famílias com filhos nessa faixa etária ficou em 4,3%. A renda média média mensal foi de R$ 1.405 e o gasto, de R$ 1.469. O que pesou mais no desequilíbrio das contas domésticas nesses lares foram os gastos com vestuário, que ficaram 44% acima da média nacional.
"Esse grupo também gasta muito com guloseimas: biscoitos, salgadinhos, bolos e sucos estiveram com freqüência na mesa", conta Perrela. As despesas com bens não-duráveis consumiram 34% do orçamento dessas famílias.
Já para quem tem filhos adolescentes (13 a 17 anos), o maior peso no orçamento é educação --esse gasto ficou 44% acima da média nacional. Mas essas famílias estão dentro da média de endividamento geral, de 3%.
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