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12/01/2007
-
09h20
JANAÍNA LEITE
da Folha de S.Paulo
Altas taxas de retorno, acima das vistas em outros lugares do mundo, e arrecadação polpuda não garantiram até 2005 às concessionárias de estradas brasileiras operar com lucro líquido. De acordo com a ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias), naquele ano houve déficit financeiro de R$ 131 milhões.
No ano passado, o panorama começou a mudar. A CCR, a maior operadora de concessões de rodovias, teve lucro líquido de R$ 314,5 milhões nos nove primeiros meses. A OHL Brasil, a segunda maior, lucrou R$ 80,9 milhões.
Os números traduzem particularidades do setor. Quando uma empresa ganha o direito de explorar uma rodovia, ela assume compromisso de fazer investimentos ao longo de toda a concessão em infra-estrutura e serviços.
Nos primeiros anos, os investimentos são maiores e o balanço acaba emagrecido. Isso não significa, porém, que a gestão das rodovias seja mau negócio. Os números refletem uma realidade desigual.
Empresas que operam há mais tempo ou atuam em lugares de maior tráfego registram melhor desempenho. A taxa de retorno do setor sobre o capital investido alcança, em média, 18% ao ano.
Nos Estados Unidos esse percentual costuma ser de 15%. Na Europa fica em torno de 12%.
"A margem de lucro que essas concessionárias operam só tem comparação com o tráfico internacional de drogas", criticou ontem o subprocurador-geral da República Aurélio Virgílio em Brasília.
"Todas as empresas que administram rodovias no país são fiscalizadas pelo poder concedente e pelas agências reguladoras, recolhem impostos, desoneram o governo de importantes investimentos e prestam serviço público de qualidade", rebateu a ABCR, em nota.
Para o professor Paulo Fleury, do Centro de Estudos Logísticos da Coppead-UFRJ, há "incompetência" do governo para avaliar e auditar o setor. "Investidor e sociedade não sabem o que é prioridade: um Estado forte ou estradas boas."
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No ano passado, o panorama começou a mudar. A CCR, a maior operadora de concessões de rodovias, teve lucro líquido de R$ 314,5 milhões nos nove primeiros meses. A OHL Brasil, a segunda maior, lucrou R$ 80,9 milhões.
Os números traduzem particularidades do setor. Quando uma empresa ganha o direito de explorar uma rodovia, ela assume compromisso de fazer investimentos ao longo de toda a concessão em infra-estrutura e serviços.
Nos primeiros anos, os investimentos são maiores e o balanço acaba emagrecido. Isso não significa, porém, que a gestão das rodovias seja mau negócio. Os números refletem uma realidade desigual.
Empresas que operam há mais tempo ou atuam em lugares de maior tráfego registram melhor desempenho. A taxa de retorno do setor sobre o capital investido alcança, em média, 18% ao ano.
Nos Estados Unidos esse percentual costuma ser de 15%. Na Europa fica em torno de 12%.
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