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22/01/2007
-
08h50
da Folha de S.Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza hoje a sua mais ampla reunião política desde o primeiro ano de governo, com 22 governadores e presidentes e líderes de 11 partidos, para lançar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a grande aposta do segundo mandato.
O encontro marca também o início na prática do chamado 'governo de coalizão'. São dessas reuniões que o governo espera obter o apoio necessário para aprovar as medidas do PAC no Congresso. A maior parte do pacote só sairá do papel depois que deputados e senadores aprovarem as mudanças apresentadas pelo governo.
O presidente terá duas reuniões separadas, uma com os representantes partidários e outra com os governadores, antes do lançamento do PAC. Vai apresentar aos dois grupos as linhas gerais do pacote. Com os governadores --22 dos 27 confirmaram presença, inclusive José Serra (PSDB-SP)-- ainda vai preparar uma outra reunião, no mês que vem, sobre as reformas política e tributária.
As reuniões estão previstas para começar às 9h, com uma fala de Lula às 10h. Depois, os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil) falam sobre o programa e haverá entrevistas setoriais nos ministérios envolvidos.
O governo planeja transformar a cerimônia de lançamento do PAC numa grande demonstração de força, com Lula, todos os seus ministros, os 22 governadores e os presidentes e líderes dos partidos que compõem o 'governo de coalizão'.
Com o apoio dos governadores, que têm influência direta sobre as bancadas de seus Estados, e o dos 11 partidos --que representam cerca de 350 dos 513 deputados--, o presidente espera reunir o 'capital político' para aprovar inclusive algumas medidas mais impopulares.
Ontem à noite, Lula reuniu os principais assessores no Palácio da Alvorada para afinar o discurso sobre o PAC. Antes de entrar para o encontro, Dilma apenas repetiu a essência do plano: 'O esforço é justamente esse: acelerar o crescimento não só do PIB, mas dos projetos de infra-estrutura'.
Já Mantega disse que o PAC trabalha com uma estimativa de investimentos públicos e privados de R$ 300 bilhões. 'Pode ser mais que isso.' A conta é especulativa e otimista, por considerar por exemplo tudo o que o governo gostaria de atrair de investimento privado.
Também comparecem à reunião Tarso Genro (Relações Institucionais), Márcio Fortes (Cidades), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), Silas Rondeau (Minas e Energia) Pedro Brito (Integração Nacional) e Paulo Sérgio Passos (Transportes), e o deputado federal eleito Ciro Gomes (PSB-CE). Foi o primeiro encontro entre Lula e Ciro neste ano.
Hoje, depois do anúncio do PAC, governadores de pelo menos 15 Estados devem ir almoçar em Águas Claras, a residência oficial do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PFL). Entre os confirmados estão os tucanos Serra, Yeda Crusius (RS) e Teotonio Vilela Filho (AL).
A idéia do encontro é produzir algum discurso que possa se contrapor ao tom de otimismo que deve prevalecer na parte da manhã. Mas como os governadores dependem de boa vontade do governo federal --para tocarem projetos conjuntos--, Arruda não pretende estimular nada que possa parecer beligerante em relação ao Planalto.
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O encontro marca também o início na prática do chamado 'governo de coalizão'. São dessas reuniões que o governo espera obter o apoio necessário para aprovar as medidas do PAC no Congresso. A maior parte do pacote só sairá do papel depois que deputados e senadores aprovarem as mudanças apresentadas pelo governo.
O presidente terá duas reuniões separadas, uma com os representantes partidários e outra com os governadores, antes do lançamento do PAC. Vai apresentar aos dois grupos as linhas gerais do pacote. Com os governadores --22 dos 27 confirmaram presença, inclusive José Serra (PSDB-SP)-- ainda vai preparar uma outra reunião, no mês que vem, sobre as reformas política e tributária.
As reuniões estão previstas para começar às 9h, com uma fala de Lula às 10h. Depois, os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil) falam sobre o programa e haverá entrevistas setoriais nos ministérios envolvidos.
O governo planeja transformar a cerimônia de lançamento do PAC numa grande demonstração de força, com Lula, todos os seus ministros, os 22 governadores e os presidentes e líderes dos partidos que compõem o 'governo de coalizão'.
Com o apoio dos governadores, que têm influência direta sobre as bancadas de seus Estados, e o dos 11 partidos --que representam cerca de 350 dos 513 deputados--, o presidente espera reunir o 'capital político' para aprovar inclusive algumas medidas mais impopulares.
Ontem à noite, Lula reuniu os principais assessores no Palácio da Alvorada para afinar o discurso sobre o PAC. Antes de entrar para o encontro, Dilma apenas repetiu a essência do plano: 'O esforço é justamente esse: acelerar o crescimento não só do PIB, mas dos projetos de infra-estrutura'.
Já Mantega disse que o PAC trabalha com uma estimativa de investimentos públicos e privados de R$ 300 bilhões. 'Pode ser mais que isso.' A conta é especulativa e otimista, por considerar por exemplo tudo o que o governo gostaria de atrair de investimento privado.
Também comparecem à reunião Tarso Genro (Relações Institucionais), Márcio Fortes (Cidades), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), Silas Rondeau (Minas e Energia) Pedro Brito (Integração Nacional) e Paulo Sérgio Passos (Transportes), e o deputado federal eleito Ciro Gomes (PSB-CE). Foi o primeiro encontro entre Lula e Ciro neste ano.
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