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23/01/2007
-
11h47
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Busato, considerou ilegal a Medida Provisória editada pelo governo federal que estabelece o uso de R$ 5 bilhões do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para investimentos em infra-estrutura. A MP integra o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e prevê que o dinheiro do patrimônio líquido do FGTS possa ser usado nesses investimentos.
'O desvio é de finalidade. Quando a lei determina quais as finalidades, particulariza, é o império legal que determina onde deve ser aplicado. Quando se generaliza parte dessa verba, você não está aplicando o que determina a legislação', afirmou Busato.
As centrais sindicais Força Sindical e CGT vão protocolar hoje ação no STF (Supremo Tribunal Federal) com uma ação contra a MP.
Busato também criticou o fato do PAC ter sido lançado pelo governo sem a participação de entidades, da sociedade civil e de entes federativos na discussão do plano --o que Busato considerou ser 'totalmente antidemocrático', realizado 'pela porta dos fundos'.
'Isso foi feito sem qualquer discussão prévia com a sociedade civil, com o Congresso Nacional, com os governadores de Estado, o que coloca em xeque até a possibilidade de sucesso do programa', afirmou.
O presidente da OAB criticou, ainda, a execução de parte do PAC por meio de medidas provisórias. 'Torcemos para que o plano dê certo, mas ele poderia ir pela via normal, numa discussão no Congresso Nacional em caráter de urgência para nós recuperarmos o tempo perdido', afirmou.
Candidato
Em encontro com Busato esta manhã, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), candidato à presidência da Câmara, também criticou a edição de MPs no PAC. 'Queremos ajudar no PAC, mas há uma inversão de lógica. Se fossem relevantes e urgentes, as MPs já deveriam estar no Congresso Nacional. Mas se anuncia um pacote com algo que ainda será enviado ao Congresso', disse Fruet.
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OAB critica PAC e diz que MP do FGTS é ilegal
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da Folha Online, em Brasília
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Busato, considerou ilegal a Medida Provisória editada pelo governo federal que estabelece o uso de R$ 5 bilhões do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para investimentos em infra-estrutura. A MP integra o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e prevê que o dinheiro do patrimônio líquido do FGTS possa ser usado nesses investimentos.
'O desvio é de finalidade. Quando a lei determina quais as finalidades, particulariza, é o império legal que determina onde deve ser aplicado. Quando se generaliza parte dessa verba, você não está aplicando o que determina a legislação', afirmou Busato.
As centrais sindicais Força Sindical e CGT vão protocolar hoje ação no STF (Supremo Tribunal Federal) com uma ação contra a MP.
Busato também criticou o fato do PAC ter sido lançado pelo governo sem a participação de entidades, da sociedade civil e de entes federativos na discussão do plano --o que Busato considerou ser 'totalmente antidemocrático', realizado 'pela porta dos fundos'.
'Isso foi feito sem qualquer discussão prévia com a sociedade civil, com o Congresso Nacional, com os governadores de Estado, o que coloca em xeque até a possibilidade de sucesso do programa', afirmou.
O presidente da OAB criticou, ainda, a execução de parte do PAC por meio de medidas provisórias. 'Torcemos para que o plano dê certo, mas ele poderia ir pela via normal, numa discussão no Congresso Nacional em caráter de urgência para nós recuperarmos o tempo perdido', afirmou.
Candidato
Em encontro com Busato esta manhã, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), candidato à presidência da Câmara, também criticou a edição de MPs no PAC. 'Queremos ajudar no PAC, mas há uma inversão de lógica. Se fossem relevantes e urgentes, as MPs já deveriam estar no Congresso Nacional. Mas se anuncia um pacote com algo que ainda será enviado ao Congresso', disse Fruet.
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