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25/01/2007
-
15h17
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) reconheceu hoje que a decisão do Banco Central de reduzir em 0,25% a taxa de juros pode ter frustrado as expectativas, mas é uma demonstração de que não há ingerência política no Copom.
O ministro chamou de 'analistas de Bagé' os que avaliam que a redução não foi maior porque o órgão quis dar uma resposta ao ministro Guido Mantega (Fazenda) que cobrou o presidente do BC, Henrique Meirelles, publicamente a baixar as taxas. "São os analistas de Bagé, não analistas econômicos que fazem esse tipo de avaliação", ironizou.
O episódio foi no anúncio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na segunda-feira.
Conforme o ministro, o BC é independente para decidir sobre os juros. "É óbvio que uma grande parte da sociedade brasileira esperara uma taxa de juros ainda mais reduzida. Mas tem duas coisas essenciais que são importantes: 1) houve um rebaixamento da continuidade, com o declínio da taxa de juros, o que fundamental para o desenvolvimento do país. 2) que o presidente não politizou essa questão. Ele conferiu autonomia técnica e respeitou essa autonomia técnica", afirmou.
Segundo o ministro a queda nos juros não está na contramão da disposição do governo de estimular o crescimento econômico. "Até podemos achar eventualmente que será um ritmo um pouco menor porque a sociedade esperava um declínio maior da taxa de juros. Mas isso não se contrapõe ao PAC, isso respeita a autonomia técnica do BC, que para nós do governo é uma posição terminativa", disse.
Para o ministro, não é apenas a taxa de juros que vai influenciar no crescimento. "O que gera o crescimento são medidas do Estado, como essas do PAC, e uma expectativa positiva de declínio da taxa de juros, combinadas com aquelas encomendas que o Estado brasileiro faz ao setor privado", avaliou.
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da Folha Online, em Brasília
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) reconheceu hoje que a decisão do Banco Central de reduzir em 0,25% a taxa de juros pode ter frustrado as expectativas, mas é uma demonstração de que não há ingerência política no Copom.
O ministro chamou de 'analistas de Bagé' os que avaliam que a redução não foi maior porque o órgão quis dar uma resposta ao ministro Guido Mantega (Fazenda) que cobrou o presidente do BC, Henrique Meirelles, publicamente a baixar as taxas. "São os analistas de Bagé, não analistas econômicos que fazem esse tipo de avaliação", ironizou.
O episódio foi no anúncio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na segunda-feira.
Conforme o ministro, o BC é independente para decidir sobre os juros. "É óbvio que uma grande parte da sociedade brasileira esperara uma taxa de juros ainda mais reduzida. Mas tem duas coisas essenciais que são importantes: 1) houve um rebaixamento da continuidade, com o declínio da taxa de juros, o que fundamental para o desenvolvimento do país. 2) que o presidente não politizou essa questão. Ele conferiu autonomia técnica e respeitou essa autonomia técnica", afirmou.
Segundo o ministro a queda nos juros não está na contramão da disposição do governo de estimular o crescimento econômico. "Até podemos achar eventualmente que será um ritmo um pouco menor porque a sociedade esperava um declínio maior da taxa de juros. Mas isso não se contrapõe ao PAC, isso respeita a autonomia técnica do BC, que para nós do governo é uma posição terminativa", disse.
Para o ministro, não é apenas a taxa de juros que vai influenciar no crescimento. "O que gera o crescimento são medidas do Estado, como essas do PAC, e uma expectativa positiva de declínio da taxa de juros, combinadas com aquelas encomendas que o Estado brasileiro faz ao setor privado", avaliou.
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