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25/01/2007 - 16h26

PAC "mexe, mas não chacoalha" a economia do Brasil, diz "The Economist"

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da Folha Online

O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda-feira (22), não irá comprometer a estabilidade econômica "duramente conquistada" em seu primeiro mandato; é, antes dirigido para lidar com o crescimento econômico "medíocre" do Brasil, diz reportagem desta quinta-feira da revista britânica "The Economist".

"Pacote há muito esperado para impulsionar crescimento econômico é muito tímido", diz o subtítulo da reportagem "Stirred, but not shaken up" ("Mexida, mas não batida", alusão à frase do agente James Bond ao pedir sua bebida nos filmes da série 007). O texto diz que, apesar das medidas anunciadas, "se visto de mais perto, o pacote perde brilho".

"A maior parte do investimento prometido" já estava nos planos das companhias estatais e incluem também o que o governo espera que a iniciativa privada vá investir, diz o texto. "Apenas R$ 68 bilhões são de investimentos do governo federal. Quase todos os cortes de impostos deste ano já foram anunciados; há apenas R$ 1,4 bilhão em cortes novos."

Sem cortes de gastos, o governo brasileiro não tem como oferecer mais, diz o texto. "Ao invés de cortar os gastos para dar espaço a mais investimento público, o governo pode reduzir sua meta de superávit primário" --no PPI (Programa Piloto de Investimentos), incluído no PAC, entram projetos considerados prioritários e com retorno econômico que são incluídos no cálculo do superávit primário. Na prática, isso reduz a quantidade de recursos destinada ao pagamento de juros de 4,25% para 3,75% do PIB.

A dívida pública continuaria a cair enquanto proporção do PIB (Produto Interno Bruto), "mas mais lentamente, atrasando o progresso do Brasil em direção ao 'investment grade' [grau de investimento]".

"A principal virtude do pacote será levar o governo a executar os projetos, ao invés de apenas falar deles", diz o texto. "O pacote terá sucesso em elevar o crescimento? Pode dar um auxílio à margem. Mais importante será o efeito sobre a estabilidade."

"Vagarosamente, mais do que através de qualquer movimento brusco, o Brasil pode sair de seu torpor", diz a reportagem.

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