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29/01/2007
-
11h59
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
Insatisfeitos com a condição de 'patinho feio' que o Centro-Oeste teria no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), os governadores da região vão pedir ao governo federal que haja um aumento significativo dos recursos destinados aos investimentos em infra-estrutura nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
'Na verdade o Centro-Oeste está entrando como o patinho feio dessa brincadeira. É a região com o maior potencial de crescimento e infelizmente com o menor volume de recursos aplicados', disse hoje o governador do DF, José Roberto Arruda (PFL), após reunião com os governadores Blairo Maggi (MT), André Puccinelli (MS) e Alcides Rodrigues (GO).
Segundo Arruda, o governo federal fez 'uma conta errada' ao destinar R$ 130 bilhões para a região Sudeste e R$ 90 bilhões para o Nordeste, por exemplo, enquanto os investimentos no Centro-Oeste estão estimados em R$ 14 bilhões, em quatro anos.
'Temos que abrir o diálogo para ver o que é possível', afirmou o governo, ao comentar que a região poderia ter recebido mais recursos, por exemplo, para estradas utilizadas no escoamento da safra de soja, e para programas de desenvolvimento urbano na região do entorno do DF, que enfrenta problemas de desemprego, violência e queda de qualidade de vida.
'Há uma miopia. Muitas vezes leva-se em consideração apenas a proporção populacional, que nem sempre reflete a potencialidade de crescimento econômico. Acho que essa miopia é histórica. O Brasil infelizmente sempre investiu mais nas regiões mais ricas e menos naquelas regiões que poderiam crescer mais', reclamou Arruda.
Apesar do tom reivindicatório, os governadores estão dispostos ao 'diálogo e entendimento' com o governo federal pelo interesse do país, segundo afirmou o governador do DF.
Entretanto, nas negociações sobre o PAC, os governadores deverão apresentar outras reivindicações relacionadas principalmente à renegociação das dívidas dos Estados.
Em um almoço nesta segunda-feira, em Brasília, governadores de outros Estados, além do Centro-Oeste, discutirão uma pauta de negociações sobre PAC com o governo federal.
'Nós queremos fazer um diálogo construtivo entre o colégio de governadores e o governo federal. Não se trata de fazer queda-de-braço, de fazer enfrentamento, de buscar pontos para fazer críticas. Eu acho que isso não é construtivo. O que nós queremos é reunir as nossas bancadas no Congresso Nacional em apoio a um Plano de Aceleração do Crescimento que seja não apenas do governo federal, que seja de todo o país, que seja de todos os governadores também. E eu acho que ele terá muito mais densidade, muito mais consistência e também muito mais chances [de ser aprovado]', avisou Arruda.
Governadores do Centro-Oeste vão negociar mais recursos do PAC
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da Folha Online, em Brasília
Insatisfeitos com a condição de 'patinho feio' que o Centro-Oeste teria no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), os governadores da região vão pedir ao governo federal que haja um aumento significativo dos recursos destinados aos investimentos em infra-estrutura nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
'Na verdade o Centro-Oeste está entrando como o patinho feio dessa brincadeira. É a região com o maior potencial de crescimento e infelizmente com o menor volume de recursos aplicados', disse hoje o governador do DF, José Roberto Arruda (PFL), após reunião com os governadores Blairo Maggi (MT), André Puccinelli (MS) e Alcides Rodrigues (GO).
Segundo Arruda, o governo federal fez 'uma conta errada' ao destinar R$ 130 bilhões para a região Sudeste e R$ 90 bilhões para o Nordeste, por exemplo, enquanto os investimentos no Centro-Oeste estão estimados em R$ 14 bilhões, em quatro anos.
'Temos que abrir o diálogo para ver o que é possível', afirmou o governo, ao comentar que a região poderia ter recebido mais recursos, por exemplo, para estradas utilizadas no escoamento da safra de soja, e para programas de desenvolvimento urbano na região do entorno do DF, que enfrenta problemas de desemprego, violência e queda de qualidade de vida.
'Há uma miopia. Muitas vezes leva-se em consideração apenas a proporção populacional, que nem sempre reflete a potencialidade de crescimento econômico. Acho que essa miopia é histórica. O Brasil infelizmente sempre investiu mais nas regiões mais ricas e menos naquelas regiões que poderiam crescer mais', reclamou Arruda.
Apesar do tom reivindicatório, os governadores estão dispostos ao 'diálogo e entendimento' com o governo federal pelo interesse do país, segundo afirmou o governador do DF.
Entretanto, nas negociações sobre o PAC, os governadores deverão apresentar outras reivindicações relacionadas principalmente à renegociação das dívidas dos Estados.
Em um almoço nesta segunda-feira, em Brasília, governadores de outros Estados, além do Centro-Oeste, discutirão uma pauta de negociações sobre PAC com o governo federal.
'Nós queremos fazer um diálogo construtivo entre o colégio de governadores e o governo federal. Não se trata de fazer queda-de-braço, de fazer enfrentamento, de buscar pontos para fazer críticas. Eu acho que isso não é construtivo. O que nós queremos é reunir as nossas bancadas no Congresso Nacional em apoio a um Plano de Aceleração do Crescimento que seja não apenas do governo federal, que seja de todo o país, que seja de todos os governadores também. E eu acho que ele terá muito mais densidade, muito mais consistência e também muito mais chances [de ser aprovado]', avisou Arruda.
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