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06/02/2007 - 09h14

Cuiabá diz que pagará mais pelo gás importado da Bolívia

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da Agência Folha, em Campo Grande

O diretor-presidente da Pantanal Energia, Carlos Baldi, afirmou ontem que haverá aumento no preço do gás boliviano, atendendo à reivindicação do governo de Evo Morales. A Pantanal Energia opera em Cuiabá a termelétrica Governador Mário Covas, que, com o uso do gás, fornece 70% da energia de Mato Grosso.

Baldi afirmou que o governo boliviano estabeleceu como parâmetro a elevação do preço de US$ 1 por milhão de BTU para cerca de US$ 4,20, pago pela Petrobras.

"Eu até entendo que nosso preço em relação à Petrobras deu uma descolada. Eles [do governo boliviano] querem alinhar os preços. Estamos vendo o que dá para fazer", disse Baldi.

A Folha apurou, em reportagem publicada no domingo, que o governo boliviano ameaça cortar o abastecimento em meados de março caso não ocorra o aumento no preço. O prazo foi dado em janeiro, durante reunião em Santa Cruz.

"Essa reportagem me causou uma certa surpresa porque estivemos na Bolívia na terça e na quarta da semana passada. As negociações estão caminhando de forma positiva", afirmou Baldi.

"Em nenhum momento foi feita ameaça de suspender o fornecimento do
gás", acrescentou o diretor.

Baldi diz que há dificuldades para estabelecer o reajuste. A negociação pode se estender por mais 120 dias, na previsão do diretor.
O secretário de Estado de Casa Civil de Mato Grosso, Antônio Kato, disse que uma nova estação de transformação de energia, instalada no fim do ano, reduziu a dependência à termelétrica movida com o gás boliviano.

A assessoria do governo informou que o governador Blairo Maggi (PR) decidirá hoje se pedirá novamente ajuda do governo brasileiro, como ocorreu no ano passado, quando Morales fez ameaça semelhante, para evitar o corte do gás.

Amorim

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ontem que a discussão sobre o preço do gás boliviano comprado pelo Brasil tem condicionantes técnicos e não deve ser tratada do ponto de vista político.

A avaliação do ministro foi feita ao ser questionado se a visita do presidente da Bolívia, Evo Morales, prevista para a próxima semana estaria condicionada a um acordo com o Brasil sobre o valor pago pelo gás boliviano.

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