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14/02/2007
-
09h01
JANAINA LAGE
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
A Petrobras registrou lucro recorde de R$ 25,919 bilhões em 2006. O resultado representa um aumento de 9% em relação ao ano anterior. Mas analistas o classificaram como "decepcionante", em razão do resultado do quarto trimestre, abaixo das expectativas.
Segundo o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, o resultado de 2006 pode ser atribuído a dois fatores: aumento de preços e de produção. O preço médio de realização do petróleo subiu 21% no ano passado. As vendas de derivados no Brasil cresceram 3%.
"A venda de gasolina cresceu em volume desde o início de 2006 porque houve uma redução no percentual de álcool acrescido ao combustível. Além disso, houve crescimento natural da frota de veículos e do PIB", afirmou Barbassa.
Segundo Barbassa, o atraso no início da produção da plataforma P-34 e crescimento abaixo do esperado em outras explicam frustração de expectativas.
A produção nacional de petróleo e gás natural liquefeito cresceu 5,6% com a entrada das plataformas P-50 (abril), FPSO-Capixaba (maio) e P-34 (dezembro). A produção passou de 1,684 milhão de barris/ dia para 1,778 milhão de barris.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 9% e somou R$ 52,06 bilhões. Segundo Barbassa, suficiente para sustentar os projetos de investimento da empresa. Em 2006, ela investiu R$ 33,686 bilhões, aumento de 31% em relação a 2005. A maior parcela, de R$ 15,3 bilhões, foi destinada à área de exploração e produção.
Para 2007, a previsão é de investimentos de R$ 55 bilhões, em linha com os planos do PAC, segundo Barbassa.
De outubro a dezembro, a Petrobras lucrou R$ 5,2 bilhões, uma queda de 36% em relação ao último trimestre de 2005. Segundo a estatal, o desempenho foi prejudicado pela queda do preço do petróleo, com um recuo médio de 14%, e também pelo custo elevado de formação de estoques.
"O resultado foi bom, mas poderia ter sido muito melhor, se a Petrobras tivesse feito com que a gasolina e o diesel acompanhassem o mercado internacional ao longo do ano", disse Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura.
O custo de extração no Brasil, sem o pagamento de royalties, cresceu 15% em dólares. Segundo a estatal, por causa de gastos maiores com sondas e pessoal (incluindo admissões e o acordo coletivo de trabalho) e da entrada em operação da FPSO-Capixaba e da P-34, com custos mais elevados. Incluindo os royalties, o aumento chegou a 20%, porque as participações governamentais acompanharam o preço do petróleo.
"Só poderemos ver o aspecto gerencial quando os preços do petróleo caírem. Qualquer petrolífera dá pouca atenção ao custo operacional em períodos de alta cotação", disse Pires.
O custo de refino aumentou 21% em dólares por conta de mais investimentos para processar óleo pesado e para pagar pessoal após acordo coletivo.
No exterior, o custo de extração subiu 16%, o de refino, 33%.
"A empresa não está cumprindo metas que estipulou. Houve aumento de custos na indústria, mas existe também o aspecto de gestão da despesa", afirmou Luiz Otávio Broad, da corretora Ágora Senior.
Em 2006, a estatal buscava superávit de US$ 3 bilhões na balança comercial --obteve US$ 423 milhões. O saldo de exportações líquidas foi de 93 mil barris/dia, alta de 21%.
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da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
A Petrobras registrou lucro recorde de R$ 25,919 bilhões em 2006. O resultado representa um aumento de 9% em relação ao ano anterior. Mas analistas o classificaram como "decepcionante", em razão do resultado do quarto trimestre, abaixo das expectativas.
Segundo o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, o resultado de 2006 pode ser atribuído a dois fatores: aumento de preços e de produção. O preço médio de realização do petróleo subiu 21% no ano passado. As vendas de derivados no Brasil cresceram 3%.
"A venda de gasolina cresceu em volume desde o início de 2006 porque houve uma redução no percentual de álcool acrescido ao combustível. Além disso, houve crescimento natural da frota de veículos e do PIB", afirmou Barbassa.
Segundo Barbassa, o atraso no início da produção da plataforma P-34 e crescimento abaixo do esperado em outras explicam frustração de expectativas.
A produção nacional de petróleo e gás natural liquefeito cresceu 5,6% com a entrada das plataformas P-50 (abril), FPSO-Capixaba (maio) e P-34 (dezembro). A produção passou de 1,684 milhão de barris/ dia para 1,778 milhão de barris.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 9% e somou R$ 52,06 bilhões. Segundo Barbassa, suficiente para sustentar os projetos de investimento da empresa. Em 2006, ela investiu R$ 33,686 bilhões, aumento de 31% em relação a 2005. A maior parcela, de R$ 15,3 bilhões, foi destinada à área de exploração e produção.
Para 2007, a previsão é de investimentos de R$ 55 bilhões, em linha com os planos do PAC, segundo Barbassa.
De outubro a dezembro, a Petrobras lucrou R$ 5,2 bilhões, uma queda de 36% em relação ao último trimestre de 2005. Segundo a estatal, o desempenho foi prejudicado pela queda do preço do petróleo, com um recuo médio de 14%, e também pelo custo elevado de formação de estoques.
"O resultado foi bom, mas poderia ter sido muito melhor, se a Petrobras tivesse feito com que a gasolina e o diesel acompanhassem o mercado internacional ao longo do ano", disse Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura.
O custo de extração no Brasil, sem o pagamento de royalties, cresceu 15% em dólares. Segundo a estatal, por causa de gastos maiores com sondas e pessoal (incluindo admissões e o acordo coletivo de trabalho) e da entrada em operação da FPSO-Capixaba e da P-34, com custos mais elevados. Incluindo os royalties, o aumento chegou a 20%, porque as participações governamentais acompanharam o preço do petróleo.
"Só poderemos ver o aspecto gerencial quando os preços do petróleo caírem. Qualquer petrolífera dá pouca atenção ao custo operacional em períodos de alta cotação", disse Pires.
O custo de refino aumentou 21% em dólares por conta de mais investimentos para processar óleo pesado e para pagar pessoal após acordo coletivo.
No exterior, o custo de extração subiu 16%, o de refino, 33%.
"A empresa não está cumprindo metas que estipulou. Houve aumento de custos na indústria, mas existe também o aspecto de gestão da despesa", afirmou Luiz Otávio Broad, da corretora Ágora Senior.
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