Publicidade
Publicidade
27/02/2007
-
13h16
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) mostra alguns sinais de reação, após o pânico da primeira hora de negócios desta terça-feira. A retração da bolsa chinesa, combinada com alguns indicadores negativos nos EUA, turbinou o nervosismo do mercado. O Ibovespa, que já chegou a recuar mais de 4%, cede 3,82%, aos 44.441 pontos, com um forte volume de negócios: R$ 1,7 bilhão.
A turbulência é mundial. Da Ásia à Europa, passando pelos Estados Unidos, as bolsas mundiais caíram, num reflexo das preocupações com uma possível desaceleração de uma das principais economias mundiais. O fato da China ser uma das maiores compradoras de commodities do planeta afeta os pregões fortemente "dependentes" de empresas exportadoras, a exemplo da praça brasileira.
Analistas também mencionam o "efeito manada": os investidores vendem os papéis a qualquer preço para sair do mercado e antecipam uma correção de rumos da economia chinesa que ainda está "no horizonte".
Praticamente todos os papéis do Ibovespa, bem como ações de segunda e terceira linha, foram afetados pelo pregão de Xangai, que caiu quase 9%, em um desempenho histórico. Analistas mencionam realizações de lucros e aos temores de que o governo chinês venha a anunciar uma nova rodada de medidas para deter o superaquecimento da economia chinesa.
Para piorar o cenário, não vieram bons sinais da economia americana. O indicador de pedidos de bens duráveis teve queda de 7,8% em janeiro, oque desanimou os negócios em Wall Street. Ontem, o ex-presidente do Federal Reserve (banco central americano), Alan Greenspan, afirmou que o ciclo de expansão dos EUA se aproxima do fim.
O dólar comercial também reflete o estresse dos negócios nesta terça-feira, mas em ritmo bem menos volátil que o mercado acionário. A moeda americana, que foi chegou a R$ 2,113 nas primeiras operações, é cotada a R$ 2,106 para venda, em alta de 1,05%.
Analistas lembram ainda que o mercado já reflete a tradicional disputa de investidores pela formação da Ptax (a taxa média de câmbio calculada pelo Banco Central). A liquidação dos contratos de dólar na BM&F, que garantem ao investidor um preço pela moeda americana, depende da taxa de câmbio de amanhã. Investidores que detém esses contratos buscam influenciar a formação da Ptax, conforme seja vantajoso a alta ou a baixa desse preço de referência.
Essa "disputa" eleva a volatilidade do câmbio e pode descolar o mercado da moeda das turbulências externas, afirmam profissionais de corretoras.
Leia mais
Meirelles diz que queda das Bolsas é "aviso para elevar prudência"
Temor de aperto derruba Bolsa chinesa em 8,8%
Bolsa chinesa faz Bovespa despencar 4%; dólar sobe para R$ 2,11
Petróleo recua apesar de expectativa de queda nos estoques dos EUA
Especial
Acompanhe a cotação do dólar durante o dia
Leia o que já foi publicado sobre a cotação do dólar
Leia o que já foi publicado sobre a Bovespa
Bovespa cai quase 4% ainda sob efeito da China; dólar sobe 1%
Publicidade
da Folha Online
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) mostra alguns sinais de reação, após o pânico da primeira hora de negócios desta terça-feira. A retração da bolsa chinesa, combinada com alguns indicadores negativos nos EUA, turbinou o nervosismo do mercado. O Ibovespa, que já chegou a recuar mais de 4%, cede 3,82%, aos 44.441 pontos, com um forte volume de negócios: R$ 1,7 bilhão.
A turbulência é mundial. Da Ásia à Europa, passando pelos Estados Unidos, as bolsas mundiais caíram, num reflexo das preocupações com uma possível desaceleração de uma das principais economias mundiais. O fato da China ser uma das maiores compradoras de commodities do planeta afeta os pregões fortemente "dependentes" de empresas exportadoras, a exemplo da praça brasileira.
Analistas também mencionam o "efeito manada": os investidores vendem os papéis a qualquer preço para sair do mercado e antecipam uma correção de rumos da economia chinesa que ainda está "no horizonte".
Praticamente todos os papéis do Ibovespa, bem como ações de segunda e terceira linha, foram afetados pelo pregão de Xangai, que caiu quase 9%, em um desempenho histórico. Analistas mencionam realizações de lucros e aos temores de que o governo chinês venha a anunciar uma nova rodada de medidas para deter o superaquecimento da economia chinesa.
Para piorar o cenário, não vieram bons sinais da economia americana. O indicador de pedidos de bens duráveis teve queda de 7,8% em janeiro, oque desanimou os negócios em Wall Street. Ontem, o ex-presidente do Federal Reserve (banco central americano), Alan Greenspan, afirmou que o ciclo de expansão dos EUA se aproxima do fim.
O dólar comercial também reflete o estresse dos negócios nesta terça-feira, mas em ritmo bem menos volátil que o mercado acionário. A moeda americana, que foi chegou a R$ 2,113 nas primeiras operações, é cotada a R$ 2,106 para venda, em alta de 1,05%.
Analistas lembram ainda que o mercado já reflete a tradicional disputa de investidores pela formação da Ptax (a taxa média de câmbio calculada pelo Banco Central). A liquidação dos contratos de dólar na BM&F, que garantem ao investidor um preço pela moeda americana, depende da taxa de câmbio de amanhã. Investidores que detém esses contratos buscam influenciar a formação da Ptax, conforme seja vantajoso a alta ou a baixa desse preço de referência.
Essa "disputa" eleva a volatilidade do câmbio e pode descolar o mercado da moeda das turbulências externas, afirmam profissionais de corretoras.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice