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28/02/2007
-
10h54
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
O PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país) dos EUA registrou um crescimento de 2,2% (dado anualizado) no quarto trimestre de 2006, segundo dados revisados divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento do Comércio.
O resultado é inferior ao divulgado no fim de janeiro, quando o crescimento estimado para o período foi de 3,5%. Ficou abaixo também das previsões dos economistas, que esperavam uma alta de 2,3%.
O resultado preliminar sinalizava uma recuperação da atividade econômica americana, depois de um fraco terceiro trimestre (quando o crescimento foi de 2%). O dado de hoje deve desfazer a impressão positiva causada pela previsão inicial e desanimar ainda mais os investidores em Wall Street, já abalados pelo efeito causado ontem pela queda de 8,8% na Bolsa de Xangai.
No ano passado como um todo, o PIB teve crescimento de 3,3%, também inferior ao dado preliminar, que mostrava expansão de 3,4%. Mesmo assim, continua acima do crescimento de 2005, que foi de 3,2%.
Segundo o departamento, o crescimento do PIB refletiu as contribuições positivas dos gastos dos consumidores, das exportações, dos gastos dos governos locais, estaduais e federal. Na contramão, tiveram efeito negativo os investimentos privados e no setor residencial.
O deflator (fator de correção de preços pagos pelo consumidor exceto alimentos e energia) do PIB desacelerou e ficou em 1,6%, contra 1,9% do terceiro trimestre e 3,3% do segundo.
No último dia 15, o presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Casa dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados) do Congresso dos EUA, Barney Frank, disse ao presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, que a perspectiva de um crescimento econômico mais baixo parece "tão importante quanto a possibilidade de uma disparada da inflação".
Bernanke, que apresentou então seu testemunho sobre a economia americana diante da Casa dos Representantes, respondeu que "a inflação precisa ser bem controlada" para que a expansão econômica continue. "Se a inflação ficar mais alta por alguma razão, o Federal Reserve tem de responder a isso elevando os juros", disse.
Na exposição feita ao Congresso, Bernanke disse que a economia americana deve apresentar um ritmo moderado de crescimento neste ano e no próximo e que as pressões inflacionárias devem diminuir.
Recessão
O ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Alan Greenspan, disse que a economia americana pode entrar em recessão no fim deste ano. Para ele, o ciclo de expansão iniciado em 2001 está chegando ao fim. "Quando nos distanciamos tanto de uma recessão, invariavelmente algumas forças começam a se acumular para a próxima recessão, e, de fato, estamos começando a ver sinais."
Para o ex-presidente do Fed, embora fazer previsões para um futuro muito distante pode ser "bastante falho", ele disse que não se pode descartar a possibilidade de uma recessão no fim deste ano.
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da Folha Online
O PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país) dos EUA registrou um crescimento de 2,2% (dado anualizado) no quarto trimestre de 2006, segundo dados revisados divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento do Comércio.
O resultado é inferior ao divulgado no fim de janeiro, quando o crescimento estimado para o período foi de 3,5%. Ficou abaixo também das previsões dos economistas, que esperavam uma alta de 2,3%.
O resultado preliminar sinalizava uma recuperação da atividade econômica americana, depois de um fraco terceiro trimestre (quando o crescimento foi de 2%). O dado de hoje deve desfazer a impressão positiva causada pela previsão inicial e desanimar ainda mais os investidores em Wall Street, já abalados pelo efeito causado ontem pela queda de 8,8% na Bolsa de Xangai.
No ano passado como um todo, o PIB teve crescimento de 3,3%, também inferior ao dado preliminar, que mostrava expansão de 3,4%. Mesmo assim, continua acima do crescimento de 2005, que foi de 3,2%.
Segundo o departamento, o crescimento do PIB refletiu as contribuições positivas dos gastos dos consumidores, das exportações, dos gastos dos governos locais, estaduais e federal. Na contramão, tiveram efeito negativo os investimentos privados e no setor residencial.
O deflator (fator de correção de preços pagos pelo consumidor exceto alimentos e energia) do PIB desacelerou e ficou em 1,6%, contra 1,9% do terceiro trimestre e 3,3% do segundo.
No último dia 15, o presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Casa dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados) do Congresso dos EUA, Barney Frank, disse ao presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, que a perspectiva de um crescimento econômico mais baixo parece "tão importante quanto a possibilidade de uma disparada da inflação".
Bernanke, que apresentou então seu testemunho sobre a economia americana diante da Casa dos Representantes, respondeu que "a inflação precisa ser bem controlada" para que a expansão econômica continue. "Se a inflação ficar mais alta por alguma razão, o Federal Reserve tem de responder a isso elevando os juros", disse.
Na exposição feita ao Congresso, Bernanke disse que a economia americana deve apresentar um ritmo moderado de crescimento neste ano e no próximo e que as pressões inflacionárias devem diminuir.
Recessão
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