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01/03/2007
-
10h37
CLÁUDIA TREVISAN
da Folha de S.Paulo
A adoção de medidas que reduzam o alto ritmo de crescimento da economia chinesa será um dos principais itens na pauta do Congresso Nacional do Povo, que se reúne na próxima semana, em Pequim. O receio das autoridades chinesas é que o crescimento próximo de dois dígitos dos últimos anos seja insustentável e gere crise de proporções inéditas.
Na terça, a queda de 9% nas Bolsas da China provocou fortes perdas nos mercados acionários ao redor do mundo. Entre os motivos que desencadearam o movimento, estava o rumor de que o governo chinês adotaria um taxa de 20% sobre ganhos em Bolsa, com o objetivo de amenizar a valorização das ações, que atingiu 170% nos últimos 14 meses.
A medida foi descartada ontem por autoridades chinesas, e o premiê Wen Jiabao disse, segundo a agência estatal de notícias, que o país irá priorizar a garantia de estabilidade financeira.
Porém o governo reiterou que está preocupado com o excesso de dinheiro em circulação na economia. Este deve ser o principal ponto das medidas de "controle macroeconômico" que serão discutidas no Congresso Nacional do Povo.
Desde julho de 2006, o Banco do Povo da China já elevou quatro vezes o volume de dinheiro que os bancos devem deixar imobilizados no BC --e, portanto, não podem usar para concessão de empréstimos.
O grande volume de depósitos bancários se transformou em um dos motores da forte valorização das Bolsas chinesas de Xangai e Shenzhen, que subiram cerca de 130% em 2006, depois de cinco anos de queda.
A China tem um índice de poupança de aproximadamente 50% do PIB, e a maior parte desses recursos é canalizada para os bancos, diante do pequeno número de opções para investimentos. Em dezembro de 2006, os depósitos somavam US$ 4,46 trilhões, o equivalente a 166% do PIB do país.
Com a valorização das ações e a baixa remuneração dos depósitos --inferior a 3% ao ano--, os chineses começaram a tirar dinheiro dos bancos para aplicar nas Bolsas. A última "Carta da China", do Conselho Empresarial Brasil-China, estima que em 2006 tenham sido abertos 3 milhões de contas por pessoas físicas em corretoras das Bolsas de Xangai e Shenzhen. O PIB chinês cresceu 10,7% em 2006, maior índice em 11 anos.
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da Folha de S.Paulo
A adoção de medidas que reduzam o alto ritmo de crescimento da economia chinesa será um dos principais itens na pauta do Congresso Nacional do Povo, que se reúne na próxima semana, em Pequim. O receio das autoridades chinesas é que o crescimento próximo de dois dígitos dos últimos anos seja insustentável e gere crise de proporções inéditas.
Na terça, a queda de 9% nas Bolsas da China provocou fortes perdas nos mercados acionários ao redor do mundo. Entre os motivos que desencadearam o movimento, estava o rumor de que o governo chinês adotaria um taxa de 20% sobre ganhos em Bolsa, com o objetivo de amenizar a valorização das ações, que atingiu 170% nos últimos 14 meses.
A medida foi descartada ontem por autoridades chinesas, e o premiê Wen Jiabao disse, segundo a agência estatal de notícias, que o país irá priorizar a garantia de estabilidade financeira.
Porém o governo reiterou que está preocupado com o excesso de dinheiro em circulação na economia. Este deve ser o principal ponto das medidas de "controle macroeconômico" que serão discutidas no Congresso Nacional do Povo.
Desde julho de 2006, o Banco do Povo da China já elevou quatro vezes o volume de dinheiro que os bancos devem deixar imobilizados no BC --e, portanto, não podem usar para concessão de empréstimos.
O grande volume de depósitos bancários se transformou em um dos motores da forte valorização das Bolsas chinesas de Xangai e Shenzhen, que subiram cerca de 130% em 2006, depois de cinco anos de queda.
A China tem um índice de poupança de aproximadamente 50% do PIB, e a maior parte desses recursos é canalizada para os bancos, diante do pequeno número de opções para investimentos. Em dezembro de 2006, os depósitos somavam US$ 4,46 trilhões, o equivalente a 166% do PIB do país.
Com a valorização das ações e a baixa remuneração dos depósitos --inferior a 3% ao ano--, os chineses começaram a tirar dinheiro dos bancos para aplicar nas Bolsas. A última "Carta da China", do Conselho Empresarial Brasil-China, estima que em 2006 tenham sido abertos 3 milhões de contas por pessoas físicas em corretoras das Bolsas de Xangai e Shenzhen. O PIB chinês cresceu 10,7% em 2006, maior índice em 11 anos.
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