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02/03/2007 - 10h36

Trabalhadores convocam greve contra demissão de 10 mil na Airbus

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da Folha Online

Trabalhadores da Airbus decidiram nesta sexta-feira fazer uma paralisação contra a reestruturação da Airbus, que prevê a demissão de cerca de 10 mil pessoas.

A greve foi definida por cinco sindicatos e deverá acontecer na próxima terça-feira na França. Os sindicatos também definiram fazer uma série de mobilizações e paralisações em meados de março. Trabalhadores da Airbus na Alemanha também podem aderir à greve.

Anunciado na última quarta-feira, o plano de reestruturação da Airbus prevê o fechamento de até seis fábricas da empresa na Europa. Apenas na França, deverão ser cortados 4.300 vagas.

Na quinta-feira à noite, a Airbus confirmou que pode parar por tempo indeterminado a produção da versão para carga do superjumbo A380, após a americana FedEx ter suspendido a compra de dez unidades. Com a decisão, a Airbus fica apenas com a encomenda de outras dez aeronaves A380 feita pela UPS.

No último dia 23 de fevereiro, a UPS também afirmou que pode cancelar a encomenda. A empresa americana de frete de aviões ILFC também voltou atrás na encomenda de cinco A380 de carga para passageiros.

Em Paris, as ações da EADS, dona da Airbus, despencaram 5,2% nesta sexta.

Metade dos 10 mil postos de trabalho que serão extintos corresponde a contratos temporários e acordos com empresas terceirizadas, cujos cortes começarão imediatamente. A outra metade refere-se a funcionários dos quadros da Airbus.

Para otimizar suas operações, a Airbus decidiu concentrar em Toulouse a produção do futuro avião A350, enquanto a fábrica de Hamburgo, na Alemanha, começará imediatamente a terceira linha de montagem das aeronaves de corredor único A320, em detrimento da primeira.

Além disso, a Airbus reestruturará sua organização industrial e cederá a parceiros suas instalações em Filton (Reino Unido), Méaulte (França) e Nordenham (Alemanha).

O primeiro programa ao qual o Power 8 será aplicado plenamente será o dos aviões A350. O objetivo do plano é economizar Ç 5 bilhões até 2010 e Ç 2 bilhões suplementares por ano a partir desta data.

Com isso, a fuselagem e a cabine ficarão na Alemanha, a fuselagem traseira na Espanha, a estrutura na França e os sustentadores dos aviões no Reino Unido.

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