Publicidade
Publicidade
02/03/2007
-
12h38
da Folha Online
O presidente do Federal Reserve de St. Louis (uma das 12 divisões regionais do Fed, o BC americano), William Poole, negou nesta sexta-feira a hipótese de que a economia dos EUA esteja sob risco iminente de uma recessão e que não há necessidade urgente de o Fed agir para conter quedas no mercado financeiro.
"Não vemos uma recessão a caminho", disse hoje Poole. O comentário do presidente do Fed regional contrasta com o que foi feito nesta semana pelo ex-presidente do Fed, Alan Greenspan, de que o ciclo de expansão econômica iniciado em 2001 já dá sinais de estar próximo do fim e que o país estaria a caminho de uma recessão.
Embora tenha afirmado não ser possível descartar por completo uma reversão acentuada na tendência de crescimento da economia dos EUA, Poole avaliou que a expectativa para este ano é de crescimento sólido. "Obviamente poderia haver uma recessão, e vejo vários comunicados de pessoas prevendo uma economia fraca e outros prevendo um crescimento acentuado da demanda. Há muitas diferenças de opinião."
"Eu diria que a visão consensual, não apenas minha, mas consensual, é de um crescimento real na vizinhança dos 3% (...) Não é garantido. É o cenário que temos", disse Poole.
A queda ocorrida nesta semana nos mercados acionários dos EUA --e também nas principais Bolsas mundiais-- também não exige ainda ação por parte do Fed. "Neste ponto me parece que não há necessidade para uma ação imediata", afirmou Poole.
"Minha visão é a de que a queda acentuada no mercado de ações foi, em sua maior parte, inexplicada, não um resultado óbvio de algum choque externo (...) Não creio que [a queda] tenha sido completamente compreendida", disse.
Os comentários de Poole de algum modo ecoam os que foram feitos na quarta-feira (28 de fevereiro) pelo presidente do Fed, Ben Bernanke, que afirmou que as quedas nas Bolsas americanas não tiveram um "único gatilho" (sem, no entanto, especificar quais fatores teriam sido responsáveis) e que que os mercados financeiros parecem estar "funcionando bem".
O presidente do Fed regional disse que os fundamentos da economia não parecem apontar para novas quedas nos preços das ações. "Não vemos um acúmulo de provas que justifiquem novas quedas no mercado."
Nesta terça-feira (27), a Bolsa de Xangai teve queda de 8,8% com os rumores de que o governo chinês vá, na próxima semana, passar a taxar os ganhos de capital no país, para afastar do mercado financeiro empresas ilegais. Com a queda, o índice Dow Jones Industrial Average chegou a perder nesse dia mais de 4,3%, recuando de um patamar de mais de 12.600 pontos para um de menos de 12.100. O índice passou a barreira dos 12 mil pontos em outubro de 2006.
Leia mais
Bernanke diz que quedas nas Bolsas não tiveram um "único gatilho"
Após revisão, PIB dos EUA cresce 2,2% no quarto trimestre de 2006
Greenspan alerta para possível recessão nos EUA, diz WSJ
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a economia dos EUA
Presidente de Fed regional nega risco iminente de recessão nos EUA
Publicidade
O presidente do Federal Reserve de St. Louis (uma das 12 divisões regionais do Fed, o BC americano), William Poole, negou nesta sexta-feira a hipótese de que a economia dos EUA esteja sob risco iminente de uma recessão e que não há necessidade urgente de o Fed agir para conter quedas no mercado financeiro.
"Não vemos uma recessão a caminho", disse hoje Poole. O comentário do presidente do Fed regional contrasta com o que foi feito nesta semana pelo ex-presidente do Fed, Alan Greenspan, de que o ciclo de expansão econômica iniciado em 2001 já dá sinais de estar próximo do fim e que o país estaria a caminho de uma recessão.
Embora tenha afirmado não ser possível descartar por completo uma reversão acentuada na tendência de crescimento da economia dos EUA, Poole avaliou que a expectativa para este ano é de crescimento sólido. "Obviamente poderia haver uma recessão, e vejo vários comunicados de pessoas prevendo uma economia fraca e outros prevendo um crescimento acentuado da demanda. Há muitas diferenças de opinião."
"Eu diria que a visão consensual, não apenas minha, mas consensual, é de um crescimento real na vizinhança dos 3% (...) Não é garantido. É o cenário que temos", disse Poole.
A queda ocorrida nesta semana nos mercados acionários dos EUA --e também nas principais Bolsas mundiais-- também não exige ainda ação por parte do Fed. "Neste ponto me parece que não há necessidade para uma ação imediata", afirmou Poole.
"Minha visão é a de que a queda acentuada no mercado de ações foi, em sua maior parte, inexplicada, não um resultado óbvio de algum choque externo (...) Não creio que [a queda] tenha sido completamente compreendida", disse.
Os comentários de Poole de algum modo ecoam os que foram feitos na quarta-feira (28 de fevereiro) pelo presidente do Fed, Ben Bernanke, que afirmou que as quedas nas Bolsas americanas não tiveram um "único gatilho" (sem, no entanto, especificar quais fatores teriam sido responsáveis) e que que os mercados financeiros parecem estar "funcionando bem".
O presidente do Fed regional disse que os fundamentos da economia não parecem apontar para novas quedas nos preços das ações. "Não vemos um acúmulo de provas que justifiquem novas quedas no mercado."
Nesta terça-feira (27), a Bolsa de Xangai teve queda de 8,8% com os rumores de que o governo chinês vá, na próxima semana, passar a taxar os ganhos de capital no país, para afastar do mercado financeiro empresas ilegais. Com a queda, o índice Dow Jones Industrial Average chegou a perder nesse dia mais de 4,3%, recuando de um patamar de mais de 12.600 pontos para um de menos de 12.100. O índice passou a barreira dos 12 mil pontos em outubro de 2006.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice