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14/03/2007 - 14h52

Problemas com hipotecas de risco nos EUA devem persistir, diz banco

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da Folha Online

O banco americano de investimentos Lehman Brothers informou nesta quarta-feira que os problemas no setor de hipotecas, em particular no segmento "subprime" --de clientes com histórico com problemas com crédito--, devem persistir no curto prazo.

O diretor-financeiro do Lehman Brothers, Chris O'Meara, disse que o setor ainda deve ter de lidar com "ventos contrários" no curto prazo, mas que, com uma recuperação nos preços, "os movimentos do mercado devem oferecer várias oportunidades".

Os problemas no mercado de hipotecas para clientes "subprime" ficaram mais evidentes nos últimos dias com os comunicados feitos nesta semana por uma das maiores empresas no setor nos EUA, a New Century Financial --cujos papéis foram suspensos do pregão ontem e movidos para a Bolsa chamada de 'Pink Sheets', que negocia papéis com cotação muito baixa-- e a Accredited Home Lenders Holding, que informou enfrentar uma situação de falta de liquidez.

A Associação de Bancos de Hipoteca dos EUA (MBA, na sigla em inglês) informou hoje que o número de pedidos de hipotecas nos EUA teve um crescimento de 2,8% na semana encerrada no último dia 9 e chegou ao maior nível desde a semana encerrada em 8 de dezembro.

A associação informou ontem, no entanto, que a taxa de inadimplência nas hipotecas "subprime" atingiu a taxa de 14,44% do total nos EUA no quarto trimestre do ano passado e que as que já entraram em processo de execução chegaram a 4,53% dos 5,97 milhões que havia nessa categoria à época.

Os grupos que dão sustentação às operações da New Financial --entre eles os bancos Goldman Sachs, Morgan Stanley e Citigroup-- informaram que irão suspender suas linhas de crédito à empresa, que informou não ter liquidez para satisfazer suas obrigações sob os arranjos de financiamento existentes.

O'Meara disse que o Lehman "não é imune" aos problemas nas hipotecas "subprime", mas que já tomou posição que diminuir a exposição do banco aos risco.

O banco Goldman Sachs também informou hoje que também espera encontrar novas oportunidades com uma eventual normalização dos problemas no setor, mas não pretende se aprofundar mais no segmento "subprime".

A preocupação entre os economistas é que esse problema atrase a recuperação do setor imobiliário e afete a economia americana de modo geral.

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