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19/03/2007
-
13h54
PATRICIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
A aquisição do grupo Ipiranga pela Petrobras, o Grupo Ultra e a Braskem confirmada nesta segunda-feira vai diminui a concorrência na distribuição e revenda de combustíveis, e reforçar o poder econômico da Petrobras para ditar os preços do mercado.
A avaliação foi feita hoje pelo presidente em exercício da Fecombustíveis (que representa os donos de postos), Paulo Miranda. "O que a gente vai ver no futuro é se, para o consumidor, isso vai ser bom ou ruim", disse.
Segundo Miranda, o controle de preços exercido pela Petrobras recentemente "tem sido bom para o país", pois evitou, por exemplo, o repasse aos consumidores da alta do barril de petróleo que chegou a US$ 84 dólares, e com isso uma pressão inflacionária que seria danosa para a economia brasileira.
Esse controle foi possível justamente pelo poder que a estatal tem no refino de petróleo, que possibilitou a manutenção de preços motivada pela preocupação do governo (principal acionista da Petrobras) com a inflação, mesmo quando havia uma pressão no mercado internacional.
Entretanto, ele reconheceu que a possível concentração do mercado de distribuição nas mãos da estatal seria uma "barreira de entrada" para concorrentes, e a estatal seria "senhora absoluta do mercado".
Ainda sem conhecimento sobre como ficará a participação da Petrobras na distribuição e na revenda de combustíveis (postos), já que a operação envolve também o Grupo Ultra, que deve ficar com parte dessa rede, Miranda considerou o negócio de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 8,4 bilhões) um bom desfecho para o grupo Ipiranga, que estava à venda havia algum tempo. Segundo ele, a operação seguiu uma tendência natural do mercado.
Mercado
Segundo a Fecombustíveis, com base em dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo) relativos ao fim de 2006, a Petrobras, por meio da BR-Distribuidora, lidera a venda de gasolina no país, com 24,29%, seguido pela Ipiranga (16,13%), e pela Shell (11,08%).
No mercado de diesel a BR tem 30,72% do mercado, a Ipiranga 22,76$ e a Shell 11,68%. Na venda de álcool, a BR responde por 15,91%, a Ipiranga por 11,23% e a Shell por 8,96%.
Em fevereiro deste ano, a BR tinha 16,7% dos postos de revenda de combustíveis do país, a Ipiranga 11,4%, a Texaco 6,3%, a Shell 5,8%, e a Esso 4,7%. Os dados da ANP revelam ainda que 40,6% dos postos brasileiros são de bandeira branca (sem bandeira de uma distribuidora).
Na região Sul, em que a presença da Ipiranga é mais forte, o grupo tem 22,6% dos postos de combustíveis, contra 16,4% da BR e 8,1% da Texaco.
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A avaliação foi feita hoje pelo presidente em exercício da Fecombustíveis (que representa os donos de postos), Paulo Miranda. "O que a gente vai ver no futuro é se, para o consumidor, isso vai ser bom ou ruim", disse.
Segundo Miranda, o controle de preços exercido pela Petrobras recentemente "tem sido bom para o país", pois evitou, por exemplo, o repasse aos consumidores da alta do barril de petróleo que chegou a US$ 84 dólares, e com isso uma pressão inflacionária que seria danosa para a economia brasileira.
Esse controle foi possível justamente pelo poder que a estatal tem no refino de petróleo, que possibilitou a manutenção de preços motivada pela preocupação do governo (principal acionista da Petrobras) com a inflação, mesmo quando havia uma pressão no mercado internacional.
Entretanto, ele reconheceu que a possível concentração do mercado de distribuição nas mãos da estatal seria uma "barreira de entrada" para concorrentes, e a estatal seria "senhora absoluta do mercado".
Ainda sem conhecimento sobre como ficará a participação da Petrobras na distribuição e na revenda de combustíveis (postos), já que a operação envolve também o Grupo Ultra, que deve ficar com parte dessa rede, Miranda considerou o negócio de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 8,4 bilhões) um bom desfecho para o grupo Ipiranga, que estava à venda havia algum tempo. Segundo ele, a operação seguiu uma tendência natural do mercado.
Mercado
Segundo a Fecombustíveis, com base em dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo) relativos ao fim de 2006, a Petrobras, por meio da BR-Distribuidora, lidera a venda de gasolina no país, com 24,29%, seguido pela Ipiranga (16,13%), e pela Shell (11,08%).
No mercado de diesel a BR tem 30,72% do mercado, a Ipiranga 22,76$ e a Shell 11,68%. Na venda de álcool, a BR responde por 15,91%, a Ipiranga por 11,23% e a Shell por 8,96%.
Em fevereiro deste ano, a BR tinha 16,7% dos postos de revenda de combustíveis do país, a Ipiranga 11,4%, a Texaco 6,3%, a Shell 5,8%, e a Esso 4,7%. Os dados da ANP revelam ainda que 40,6% dos postos brasileiros são de bandeira branca (sem bandeira de uma distribuidora).
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