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28/03/2007 - 08h57

Banco Central prevê crescimento de 4,1% e inflação de 3,8%

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

O Banco Central elevou a expectativa em relação ao crescimento da economia brasileira para este ano. A aposta é que o PIB (Produto Interno Bruto) terá uma expansão de 4,1%, ante os 3,8% previstos anteriormente. Já a projeção para a inflação foi levemente reduzida, de 3,9% para 3,8%. As previsões constam do "Relatório de Inflação", divulgado nesta quarta-feira.

A justificativa da autoridade monetária para esperar um crescimento maior está baseada nos resultados recentes da atividade econômica, principalmente na melhor expectativa em relação à indústria e ao setor de serviços, que tiveram as previsões elevadas de 4,7% e 2,4% para 5% e 2,6%, respectivamente.

Para a agricultura, a projeção foi elevada de 3,7% para 4,8%. O documento ressalta ainda que o possível impacto do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não está contabilizado na projeção.

"Ressalte-se que a revisão na estimativa do PIB incorpora apenas os resultados recentes da economia, não considerando tanto os futuros efeitos positivos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciado pelo governo, quanto as alterações de metodologia das contas nacionais efetuadas pelo IBGE", de acordo com o relatório.

A expectativa da autoridade monetária continua abaixo do parâmetro que consta do PAC, que é 4,5%, mas que também deverá ser revisto.

A revisão será necessária porque, na semana passada, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou uma nova metodologia para as contas nacionais que resultou em um PIB maior de 2002 a 2005. O dado referente ao ano passado, de 2,9%, poderá ser alterado em nova divulgação do instituto ainda nesta manhã.

Ainda em relação ao crescimento da economia, a autoridade monetária lembra que a expansão ocorre há 13 trimestre quando se compara com o trimestre equivalente anterior, o que não ocorria desde 1986.

"Essa nova realidade, portanto, contribui para o aprofundamento das perspectivas de que a economia brasileira tenha entrado em uma fase inédita de crescimento sustentado."

Os fatores que contribuem para essa sustentabilidade, de acordo com o relatório, são as menores taxas de inflação, a recuperação no mercado de trabalho, o aumento da renda real e da taxa de investimento e a menor vulnerabilidade externa.

O BC ressalta, no entanto, que as previsões tanto para o crescimento da economia como para a inflação não são pontuais, já que são influenciadas por variáveis que não são controladas pela política monetária.

Inflação

Sobre a inflação, a previsão está dentro da meta, que é um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos para cima ou para baixo.

As previsões do BC para inflação levam em conta o chamado cenário de referência, que é uma taxa Selic estável em 12,75% e um dólar cotado a R$ 2,10, ante R$ 2,15%.

A redução da previsão é amparada no fato de o ritmo de aumento dos preços neste início de ano ter ficado em um patamar mais baixo do que no ano passado. Em 2006, o IPCA foi de 3,14%.

"A evolução do IPCA indica que, neste início de 2007, a dinâmica da inflação permanece compatível com a trajetória de metas, ou seja, em linha com o cenário benigno para os preços que vem se materializando, com maior intensidade, desde o ano passado", afirmou o documento. Nos doze meses encerrados em fevereiro, o IPCA estava em 3,02%.

Já no cenário de mercado, que trabalha com os dados da pesquisa feita semanalmente pelo BC junto a analistas do mercado financeiro, a previsão de inflação para este ano foi revista de 4,3% para 4%.

Para 2008, a previsão é de um IPCA de 4,4% no cenário de referência e de 5% no cenário de mercado.

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