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29/03/2007
-
12h48
KAREN CAMACHO
da Folha Online
O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, informou nesta quinta-feira que os funcionários demitidos da velha Varig terão prioridade nas futuras contratações a serem feitas pela Gol Linhas Aéreas, que comprou ontem, por US$ 320 milhões, a VRG (nova Varig). Trata-se do maior negócio da aviação civil já realizado no país.
Enquete: A compra será positiva para o consumidor?
Em entrevista à imprensa, Constantino também informou que o programa Smiles, que será mantido com a realização do negócio, não poderá ser usado em vôos da Gol, apenas da Varig. Na quarta, Constatino já havia informado que as duas companhias continuarão a operar como marcas independentes.
Sobre a retomada dos vôos internacionais da Varig, a Gol explicou que, antes de comprar aviões, vai alugar aparelhos. Também informou que vai pedir à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a extensão do prazo, fixado para junho, para retomar as rotas. Constantino Júnior, porém, evitou dar um prazo exato para o início dos vôos.
Atualmente, a Gol opera com 67 aviões Boeing, enquanto a Varig tem 17 aeronaves. De acordo com a Gol, este número será aumentado para 34 Boeing, com uma frota homogênea de 20 aeronaves 737 e 14 aviões 767, dentro de um cronograma a ser definido brevemente.
Além da manutenção do Smiles e da compra de aviões, a Gol já havia anunciado ontem outras mudanças. A principal delas é a extinção da primeira classe nos vôos internacionais, que terão serviços de classe econômica e executiva. "O mundo mudou e o conceito de luxo excessivo está superado, as pessoas em sua maioria querem conforto e praticidade", diz Constantino.
Negócio
A compra da Varig pela Gol foi fechada ontem por US$ 320 milhões, sendo US$ 275 milhões para aquisição do controle, além de mais R$ 100 milhões relativos ao compromisso de honrar debêntures (títulos) emitidas pela Varig. O pagamento de US$ 275 milhões será feito com 10% de seu caixa (US$ 98 milhões) e com a entrega de cerca de 6,1 milhões de ações preferenciais emitidas, que representam aproximadamente 3% do total de papéis da companhia.
O negócio ainda está sujeito à obtenção das aprovações das autoridades regulatórias, incluindo o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A compra da nova Varig foi feita por meio de uma empresa chamada GTI S.A, subsidiária da Gol, o que evita possíveis riscos de contaminação dos passivos bilionários da antiga Varig, que tem dívidas trabalhistas, tributárias e previdenciárias --elas não serão assumidas pela Gol.
Na entrevista concedida nesta quinta-feira, Constantino reafirmou que a Gol está livre de qualquer dívida antiga, incluindo o aporte de US$ 17 milhões feito pela LAN Chile, quando esta empresa também disputava a compra da nova Varig.
Liderança
Ao comprar a Varig, a Gol ainda não tem liderança do mercado, que é da TAM, mas chega mais perto da concorrente e, no futuro, pode brigar pela liderança.
Em fevereiro, a Gol apareceu em segundo lugar na participação de mercado nos vôos internacionais, com 18,94%, atrás apenas da TAM, que tem 61,01%. A Nova Varig estava em terceiro, com 11,82% dos passageiros transportados por companhias aéreas. A BRA tinha 7,89% de participação.
No mercado doméstico, TAM e Gol abocanham juntas 87,59% do segmento. A TAM fica com 47,33% e a Gol, 40,26%. A Nova Varig detém 4,57% das linhas domésticas, à frente da BRA (2,98%) e da OceanAir (2,04%).
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O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, informou nesta quinta-feira que os funcionários demitidos da velha Varig terão prioridade nas futuras contratações a serem feitas pela Gol Linhas Aéreas, que comprou ontem, por US$ 320 milhões, a VRG (nova Varig). Trata-se do maior negócio da aviação civil já realizado no país.
Enquete: A compra será positiva para o consumidor?
Em entrevista à imprensa, Constantino também informou que o programa Smiles, que será mantido com a realização do negócio, não poderá ser usado em vôos da Gol, apenas da Varig. Na quarta, Constatino já havia informado que as duas companhias continuarão a operar como marcas independentes.
Sobre a retomada dos vôos internacionais da Varig, a Gol explicou que, antes de comprar aviões, vai alugar aparelhos. Também informou que vai pedir à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a extensão do prazo, fixado para junho, para retomar as rotas. Constantino Júnior, porém, evitou dar um prazo exato para o início dos vôos.
Atualmente, a Gol opera com 67 aviões Boeing, enquanto a Varig tem 17 aeronaves. De acordo com a Gol, este número será aumentado para 34 Boeing, com uma frota homogênea de 20 aeronaves 737 e 14 aviões 767, dentro de um cronograma a ser definido brevemente.
Além da manutenção do Smiles e da compra de aviões, a Gol já havia anunciado ontem outras mudanças. A principal delas é a extinção da primeira classe nos vôos internacionais, que terão serviços de classe econômica e executiva. "O mundo mudou e o conceito de luxo excessivo está superado, as pessoas em sua maioria querem conforto e praticidade", diz Constantino.
Negócio
A compra da Varig pela Gol foi fechada ontem por US$ 320 milhões, sendo US$ 275 milhões para aquisição do controle, além de mais R$ 100 milhões relativos ao compromisso de honrar debêntures (títulos) emitidas pela Varig. O pagamento de US$ 275 milhões será feito com 10% de seu caixa (US$ 98 milhões) e com a entrega de cerca de 6,1 milhões de ações preferenciais emitidas, que representam aproximadamente 3% do total de papéis da companhia.
O negócio ainda está sujeito à obtenção das aprovações das autoridades regulatórias, incluindo o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A compra da nova Varig foi feita por meio de uma empresa chamada GTI S.A, subsidiária da Gol, o que evita possíveis riscos de contaminação dos passivos bilionários da antiga Varig, que tem dívidas trabalhistas, tributárias e previdenciárias --elas não serão assumidas pela Gol.
Na entrevista concedida nesta quinta-feira, Constantino reafirmou que a Gol está livre de qualquer dívida antiga, incluindo o aporte de US$ 17 milhões feito pela LAN Chile, quando esta empresa também disputava a compra da nova Varig.
Liderança
Ao comprar a Varig, a Gol ainda não tem liderança do mercado, que é da TAM, mas chega mais perto da concorrente e, no futuro, pode brigar pela liderança.
Em fevereiro, a Gol apareceu em segundo lugar na participação de mercado nos vôos internacionais, com 18,94%, atrás apenas da TAM, que tem 61,01%. A Nova Varig estava em terceiro, com 11,82% dos passageiros transportados por companhias aéreas. A BRA tinha 7,89% de participação.
No mercado doméstico, TAM e Gol abocanham juntas 87,59% do segmento. A TAM fica com 47,33% e a Gol, 40,26%. A Nova Varig detém 4,57% das linhas domésticas, à frente da BRA (2,98%) e da OceanAir (2,04%).
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