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29/03/2007
-
18h20
da Folha Online
Os papéis da companhia aérea Gol dispararam pelo segundo dia na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), com a notícia da aquisição da VRG (nova Varig). Ontem, somente com os rumores do negócio, a ação prefencial havia subido 4,17%. Hoje, após a confirmação da compra, o ativo valorizou 10,14%, com o segundo maior giro do pregão: R$ 311,5 milhões.
Enquete: A compra será positiva para o consumidor?
A Bovespa fechou em alta de 1,96%, aos 45.355 pontos, sustentada, em parte pelo desempenho das ações da Gol, mas principalmente, pela forte valorização das ações da Petrobras, que subiu 5,3%, puxada pela disparada dos preços do petróleo no mercado internacional.
O dólar comercial foi negociado a R$ 2,045 para venda, em queda de 1,15%, em seu menor valor dos últimos seis anos. A taxa de risco-país, medida pelo indicador Embi (banco JP Morgan), caiu abaixo do patamar dos 170 pontos
A operação
Por US$ 320 milhões, a Gol consolidou sua posição como segunda maior empresa do setor de aviação comercial no Brasil, ameaçando seriamente sua rival nos aeroportos. Para alguns analistas, a empresa da família Constantino de Oliveira pode ultrapassar a TAM, em termos de participação no mercado, ainda neste ano.
Analistas de mercado avaliaram positivamente a operação para a Gol, tanto em termos estratégicos quanto de preço a ser pago. "Essa é a chance da companhia expandir suas operações no mercado internacional. O crescimento da Gol, sem a nova Varig, estava restrito ao mercado da América do Sul enquanto a TAM tem planos de adicionar destinos na Europa e EUA", avaliou a corretora Brascan em boletim para investidores.
Para analistas, o preço foi considerado "razoável", tendo em visto os possíveis ganhos da Gol com as rotas internacionais da nova Varig, além do valor da própria marca. Hoje, o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, afirmou que a empresa não tem qualquer responsabilidade sobre o passivo trabalhista da velha Varig.
Segundo a Gol, o pagamento de US$ 275 milhões pelo controle será feito com 10% de seu caixa (US$ 98 milhões) e com a entrega de cerca de 6,1 milhões de ações preferenciais emitidas, que representam aproximadamente 3% do total de papéis da companhia. Outros R$ 100 milhões serão desembolsados para honrar debêntures já emitidas pela VRG (nova Varig), totalizando os US$ 320 milhões.
O negócio, considerado o maior da aviação civil brasileira, ainda está sujeito à obtenção das aprovações das autoridades regulatórias, incluindo o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Nesse contexto, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) confirmou ter oficiado a Gol por duas vezes nesta semana solicitando informações sobre as notícias que vinham sendo divulgadas a respeito da aquisição pela companhia.
Liderança
Em fevereiro, a Gol apareceu em segundo lugar na participação de mercado nos vôos internacionais, com 18,94%, atrás apenas da TAM, que tem 61,01%. A Nova Varig estava em terceiro, com 11,82% dos passageiros transportados por companhias aéreas. A BRA tinha 7,89% de participação.
No mercado doméstico, TAM e Gol abocanham juntas 87,59% do segmento. A TAM fica com 47,33% e a Gol, 40,26%. A Nova Varig detém 4,57% das linhas domésticas, à frente da BRA (2,98%) e da OceanAir (2,04%).
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Enquete: A compra será positiva para o consumidor?
A Bovespa fechou em alta de 1,96%, aos 45.355 pontos, sustentada, em parte pelo desempenho das ações da Gol, mas principalmente, pela forte valorização das ações da Petrobras, que subiu 5,3%, puxada pela disparada dos preços do petróleo no mercado internacional.
O dólar comercial foi negociado a R$ 2,045 para venda, em queda de 1,15%, em seu menor valor dos últimos seis anos. A taxa de risco-país, medida pelo indicador Embi (banco JP Morgan), caiu abaixo do patamar dos 170 pontos
A operação
Por US$ 320 milhões, a Gol consolidou sua posição como segunda maior empresa do setor de aviação comercial no Brasil, ameaçando seriamente sua rival nos aeroportos. Para alguns analistas, a empresa da família Constantino de Oliveira pode ultrapassar a TAM, em termos de participação no mercado, ainda neste ano.
Analistas de mercado avaliaram positivamente a operação para a Gol, tanto em termos estratégicos quanto de preço a ser pago. "Essa é a chance da companhia expandir suas operações no mercado internacional. O crescimento da Gol, sem a nova Varig, estava restrito ao mercado da América do Sul enquanto a TAM tem planos de adicionar destinos na Europa e EUA", avaliou a corretora Brascan em boletim para investidores.
Para analistas, o preço foi considerado "razoável", tendo em visto os possíveis ganhos da Gol com as rotas internacionais da nova Varig, além do valor da própria marca. Hoje, o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, afirmou que a empresa não tem qualquer responsabilidade sobre o passivo trabalhista da velha Varig.
Segundo a Gol, o pagamento de US$ 275 milhões pelo controle será feito com 10% de seu caixa (US$ 98 milhões) e com a entrega de cerca de 6,1 milhões de ações preferenciais emitidas, que representam aproximadamente 3% do total de papéis da companhia. Outros R$ 100 milhões serão desembolsados para honrar debêntures já emitidas pela VRG (nova Varig), totalizando os US$ 320 milhões.
O negócio, considerado o maior da aviação civil brasileira, ainda está sujeito à obtenção das aprovações das autoridades regulatórias, incluindo o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Nesse contexto, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) confirmou ter oficiado a Gol por duas vezes nesta semana solicitando informações sobre as notícias que vinham sendo divulgadas a respeito da aquisição pela companhia.
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Em fevereiro, a Gol apareceu em segundo lugar na participação de mercado nos vôos internacionais, com 18,94%, atrás apenas da TAM, que tem 61,01%. A Nova Varig estava em terceiro, com 11,82% dos passageiros transportados por companhias aéreas. A BRA tinha 7,89% de participação.
No mercado doméstico, TAM e Gol abocanham juntas 87,59% do segmento. A TAM fica com 47,33% e a Gol, 40,26%. A Nova Varig detém 4,57% das linhas domésticas, à frente da BRA (2,98%) e da OceanAir (2,04%).
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