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03/04/2007 - 16h12

Prazo do governo para TV digital é "otimista demais", diz Globo

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DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online

O cronograma de implantação da TV digital feito pelo Ministério das Comunicações é "otimista demais". Foi o que afirmou nesta terça-feira (3) Octávio Florisbal, diretor-geral da TV Globo, durante evento de divulgação da grade de 2007, em São Paulo.

O governo Lula estabeleceu, no final de 2006, que o sistema analógico de televisão será desligado no país em junho de 2016 --ou seja, os radiodifusores teriam prazo de dez anos para cobrir todo o país com transmissão digital. Para Florisbal, trata-se de um prazo "muito difícil de ser cumprido".

"Nos países desenvolvidos, na Europa, demoraram dez anos [para a implementação da TV digital]. Tentarmos implementar aqui neste prazo é muito difícil. É extrememente otimista", afirmou à Folha Online. Segundo o diretor-geral da emissora da família Marinho, o maior entrave será enfrentado nas pequenas cidades, que só recebem sinal por retransmissores.
Zé Paulo Cardeal/TV Globo
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"Teremos centenas de municípios com necessidade de retransmissores digitais. São mais de três mil retransmissoras pelo país, sendo que geradoras são 121. Essas três mil retransmissoras vão demandar um investimento muito grande."

Marcha lenta

As primeiras transmissões digitais comerciais acontecerão em 2 de dezembro deste ano, apenas em São Paulo. É o que promete a Globo. A emissora diz que vai investir US$ 300 milhões em tecnologia até 2009. Na HDTV, seus programas serão vistos pelo canal 19.

No início de 2006, a emissora dizia que conseguiria transmitir no novo sistema já em setembro daquele ano. Após o anúncio da escolha do padrão japonês --defendido pelas TVs e pelo ministro Hélio Costa, ex-global-- os radiodifusores diminuíram a marcha. Os primeiros aparelhos receptores de TV digital também só devem chegar às lojas no final deste ano.

O padrão japonês favorece as emissoras. As telefônicas defendiam a implantação do padrão europeu, que as permitiria entrar no mercado da TV digital.

Para defender a adoção do padrão japonês, o Ministério das Comunicações e TVs alegavam que este seria o único capaz de oferecer TV com definição de alta qualidade (HDTV). Ministro das Comunicações desde 2005, Hélio Costa já comandou a sucursal da TV Globo em Nova York.

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