Publicidade
Publicidade
18/04/2007
-
19h13
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O Banco Central seguiu mais uma vez as previsões do mercado e reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual. O Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou nesta quarta-feira que a Selic passará de 12,75% para 12,5% ao ano. A magnitude do corte é a mesma da reunião anterior.
A decisão conservadora, entretanto, não foi unânime. Quatro integrantes do Copom votaram pela redução de 0,25 ponto percentual e três pelo corte de 0,5 ponto.
"Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 12,50% ao ano, sem viés, por quatro votos a favor e três votos pela redução da taxa Selic em 0,50 ponto percentual", diz a nota do Copom divulgada ao final da reunião.
O corte de hoje foi o 15º consecutivo. Desde setembro de 2005 a Selic já foi reduzida em 7,25 pontos percentuais.
A indicação de que a economia brasileira está aquecida, com as vendas no varejo tendo a maior alta para um mês de fevereiro desde 2001, é uma das justificativas para a autoridade ter optado novamente por um corte pequeno.
Isso porque, com a aceleração da economia, a indústria precisa ter capacidade de aumentar a produção para atender ao consumo maior por parte das empresas e das famílias. Sem essa disponibilidade de produzir mais, o aumento da atividade econômica poderia gerar pressão sobre os preços. Em setembro de 2004, esse temor fez com que o Copom aumentasse os juros.
Na ata da última reunião, o Copom já tinha atribuído o corte de apenas 0,25 ponto à aceleração da economia. Além disso, relatou que os benefícios fiscais iriam estimular o crescimento do país.
No entanto, não há sinais de que a inflação possa sair do controle e que a meta de 4,5% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE) não será atingida. No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em março, o índice estava em 2,96%. A expectativa do mercado para o ano é de um aumento de preços de 3,81%, praticamente igual ao do BC, que prevê 3,8%.
Mesmo com a decisão de hoje do Copom, o Brasil permanece no topo da lista dos países com as maiores taxas de juros reais --já descontada a inflação. Segundo a consultoria UpTrend, a taxa é de 8,5%. Já a Turquia, em segundo lugar, tem juros de 6% ao ano.
O Copom divulga na quinta-feira da próxima semana a ata da reunião ocorrida ontem e hoje.
A reunião encerrada hoje é a última de Rodrigo Azevedo no BC. Ele deixa a diretoria de Política Monetária e em seu lugar deverá assumir o economista Mário Torós, que precisa passar por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal.
Leia mais
Racha em decisão do Copom reforça chances de queda maior, diz analista
Para Comércio, situação macroeconômica justificava corte maior na Selic
Indústria critica queda moderada da taxa Selic pelo Copom
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Copom
Copom mantém cautela e reduz juro para 12,5% ao ano
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O Banco Central seguiu mais uma vez as previsões do mercado e reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual. O Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou nesta quarta-feira que a Selic passará de 12,75% para 12,5% ao ano. A magnitude do corte é a mesma da reunião anterior.
A decisão conservadora, entretanto, não foi unânime. Quatro integrantes do Copom votaram pela redução de 0,25 ponto percentual e três pelo corte de 0,5 ponto.
"Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 12,50% ao ano, sem viés, por quatro votos a favor e três votos pela redução da taxa Selic em 0,50 ponto percentual", diz a nota do Copom divulgada ao final da reunião.
O corte de hoje foi o 15º consecutivo. Desde setembro de 2005 a Selic já foi reduzida em 7,25 pontos percentuais.
A indicação de que a economia brasileira está aquecida, com as vendas no varejo tendo a maior alta para um mês de fevereiro desde 2001, é uma das justificativas para a autoridade ter optado novamente por um corte pequeno.
Isso porque, com a aceleração da economia, a indústria precisa ter capacidade de aumentar a produção para atender ao consumo maior por parte das empresas e das famílias. Sem essa disponibilidade de produzir mais, o aumento da atividade econômica poderia gerar pressão sobre os preços. Em setembro de 2004, esse temor fez com que o Copom aumentasse os juros.
Na ata da última reunião, o Copom já tinha atribuído o corte de apenas 0,25 ponto à aceleração da economia. Além disso, relatou que os benefícios fiscais iriam estimular o crescimento do país.
No entanto, não há sinais de que a inflação possa sair do controle e que a meta de 4,5% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE) não será atingida. No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em março, o índice estava em 2,96%. A expectativa do mercado para o ano é de um aumento de preços de 3,81%, praticamente igual ao do BC, que prevê 3,8%.
Mesmo com a decisão de hoje do Copom, o Brasil permanece no topo da lista dos países com as maiores taxas de juros reais --já descontada a inflação. Segundo a consultoria UpTrend, a taxa é de 8,5%. Já a Turquia, em segundo lugar, tem juros de 6% ao ano.
O Copom divulga na quinta-feira da próxima semana a ata da reunião ocorrida ontem e hoje.
A reunião encerrada hoje é a última de Rodrigo Azevedo no BC. Ele deixa a diretoria de Política Monetária e em seu lugar deverá assumir o economista Mário Torós, que precisa passar por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice