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24/04/2007 - 08h40

Álcool está fora da agenda Nicarágua-Brasil

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da France Presse, em Managuá

O álcool, uma alternativa para os altos custos do petróleo, cujo uso e produção são promovidos por Brasil e Estados Unidos, não será tema de discussão da Comissão Mista nicaragüense-brasileira instalada em Manágua, informaram fontes governamentais da Nicarágua.

O foro de cooperação, que durante dois dias vai analisar 37 projetos de diversas áreas, incluindo a energética, passará por alto a temática relativa à produção de um substituto para a gasolina a partir da transformação de alimentos como milho ou cana-de-açúcar, acrescentaram as fontes.

"Não podemos pensar que vamos tirar etanol do milho ou da cana-de-açúcar", disse o ministro nicaragüense de Energia e Minas, Emilio Rapacciolli.

A forma como se "vislumbram os projetos que possamos ter com o Brasil no campo do biodiesel" é em nível privado, de modo que as empresas brasileiras dêem assistência técnica e financiamento a pequenos produtores locais para a plantação, coleta e processamento da palma africana, informou Rapacciolli.

A partir da palma africana, pode-se extrair óleo vegetal que não é de uso para o consumo humano e "pode se transformar em biodiesel para os veículos", completou o ministro.

Um dos grupos econômicos mais importantes da Nicarágua "está produzindo e exportando etanol", a partir da cana-de-açúcar, e recentemente apresentou ao governo um projeto para aumentar a capacidade de produção e exportação avaliado em US$ 45 milhões, comentou o ministro.

"Esta iniciativa privada tem o apoio do governo", disse Rapacciolli, como um indicador da tolerância oficial a projetos deste tipo.

Em matéria energética, com o Brasil, há avanços em nível técnico para desenvolver dois projetos que "vão ajudar a mudar a matriz da geração de energia com petróleo", acrescentou.

Estes projetos de energia hidrelétrica estariam prontos para 2010 e aumentariam a capacidade instalada no país em 240 megawatts, destacou o ministro.

"Toda a cooperação possível entre dois países em desenvolvimento será dada [sempre] que a Nicarágua quiser, isso é o básico", manifestou o chefe da missão brasileira e embaixador na Nicarágua, Jorge Taunay.

No caso do álcool, "depende deles. Se quiserem, haverá, se não, não haverá", afirmou o diplomata.

Ao contrário da posição do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que considera os biocombustíveis uma saída para os países pobres que não têm petróleo, seu colega nicaragüense, Daniel Ortega, acha uma "loucura" dedicar as terras ao monocultivo para produzir etanol.

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