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03/05/2007
-
16h49
da Efe, em La Paz
A Bolívia ofereceu cerca de US$ 60 milhões à Petrobras pelas duas refinarias nacionalizadas no ano passado. No entanto, a estatal brasileira respondeu à oferta exigindo uma cifra que chega a quase US$ 200 milhões, disse nesta quinta-feira o vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera.
As duas instalações, uma em Cochabamba, no centro do país, e a outra em Santa Cruz, no leste, foram compradas da Bolívia, em uma licitação, por US$ 104 milhões pela Petrobras em 1999.
"A decisão da recuperação das refinarias já foi tomada, é irreversível e isto será alcançado cedo ou tarde. Fomos muito cautelosos para manter relações de boa negociação, de boa amizade com a Petrobras", disse Linera à rádio "Erbol".
Segundo o vice-presidente, as duas partes chegaram a "um acordo de princípios" para que essas duas instalações de refino passem a ser controladas pelo Estado e sobre outros aspectos do negócio no setor, mas não sobre o preço da transferência.
"A Petrobras aceita uma série de medidas que vamos assumir nos próximos dias em torno do tipo de trabalho que a refinaria vai fazer como vendedora de serviço, não mais como proprietária dos produtos que saem de refinaria, como até agora", disse.
García Linera afirmou que as negociações sobre o preço não estão estagnadas, mas "estão avançando um pouco lentamente."
Se for necessário, acrescentou, será contratada uma empresa para fazer uma avaliação das refinarias, porque a Bolívia "não quer dar um único passo sem uma certidão legal."
Linera destacou que, para o presidente Evo Morales, a recuperação dessas instalações petrolíferas é "uma prioridade", para que o Estado passe a controlar a totalidade da cadeia de hidrocarbonetos, dentro da nacionalização do setor.
De acordo com o vice-presidente, "esse processo, que para alguns críticos não passa de uma reforma tributária que aumentou os impostos cobrados das empresas que atuam no setor dos hidrocarbonetos, avançou na quarta-feira passada, quando entraram em vigor os 44 contratos assinados com doze companhias em outubro do ano passado para operar sob o novo regime."
Além das refinarias da Petrobras, o Governo Morales ainda está negociando a recuperação de outras empresas nacionalizadas, como a Andina, filial da hispano-argentina Repsol YPF, e a Chaco, do grupo British Petroleum.
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A Bolívia ofereceu cerca de US$ 60 milhões à Petrobras pelas duas refinarias nacionalizadas no ano passado. No entanto, a estatal brasileira respondeu à oferta exigindo uma cifra que chega a quase US$ 200 milhões, disse nesta quinta-feira o vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera.
As duas instalações, uma em Cochabamba, no centro do país, e a outra em Santa Cruz, no leste, foram compradas da Bolívia, em uma licitação, por US$ 104 milhões pela Petrobras em 1999.
"A decisão da recuperação das refinarias já foi tomada, é irreversível e isto será alcançado cedo ou tarde. Fomos muito cautelosos para manter relações de boa negociação, de boa amizade com a Petrobras", disse Linera à rádio "Erbol".
Segundo o vice-presidente, as duas partes chegaram a "um acordo de princípios" para que essas duas instalações de refino passem a ser controladas pelo Estado e sobre outros aspectos do negócio no setor, mas não sobre o preço da transferência.
"A Petrobras aceita uma série de medidas que vamos assumir nos próximos dias em torno do tipo de trabalho que a refinaria vai fazer como vendedora de serviço, não mais como proprietária dos produtos que saem de refinaria, como até agora", disse.
García Linera afirmou que as negociações sobre o preço não estão estagnadas, mas "estão avançando um pouco lentamente."
Se for necessário, acrescentou, será contratada uma empresa para fazer uma avaliação das refinarias, porque a Bolívia "não quer dar um único passo sem uma certidão legal."
Linera destacou que, para o presidente Evo Morales, a recuperação dessas instalações petrolíferas é "uma prioridade", para que o Estado passe a controlar a totalidade da cadeia de hidrocarbonetos, dentro da nacionalização do setor.
De acordo com o vice-presidente, "esse processo, que para alguns críticos não passa de uma reforma tributária que aumentou os impostos cobrados das empresas que atuam no setor dos hidrocarbonetos, avançou na quarta-feira passada, quando entraram em vigor os 44 contratos assinados com doze companhias em outubro do ano passado para operar sob o novo regime."
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